Corinthians defende parceira que será investigada por roubo das ‘Americanas’

Ao iniciar sua gestão no Corinthians, avaliada como a pior da história do clube, Duílio ‘do Bingo’ Monteiro Alves dividiu protagonismo com o bacharel em direito Herói Vicente, a quem empossou diretor jurídico, no que era prometido como grande revolução administrativa.
Através do advogado, chegou ao clube um escritório de advocacia para implementar o que deveria ser um compliance sério; o Blog do Paulinho descobriu, depois, que o dono da empresa era contratante de quem deveria fiscalizar.
Herói trabalhou não apenas para um dos sócios da advocacia, mas também para o gestor informal das categorias de base, o notório contraventor Jaça.
Que clube sério, e compliance efetivo, permitiria esta promiscuidade?
Para completar o circulo, Vicente alardeou como grande feito a parceria do Corinthians com a KPMG, que serviria para orientar o comportamento alvinegro em diversos setores, mas, por óbvio, principalmente nas finanças.
Foi ideia da empresa amarrar o pagamento de novo acordo com a CAIXA com parcela inicial para março de 2024, protegendo apenas os atuais gestores, que poderiam farrear com o dinheiro do estádio, comprometendo, porém, administradores futuros e, consequentemente, a saúde do clube.
Sabe-se agora que a KPMG será investigada sob acusação de ajudar a roubar, através de supostos laudos fajutos, os acionistas e credores das ‘Americanas’.
É com essa gente que o Corinthians se meteu nos últimos anos.
Ontem, apesar de tudo o que já se sabe sobre todos, o diretor de finanças Wesley Melo defendeu a ínfima melhora das contas do clube, na casa de 0,17% – quase um terço de meio por cento -, questionáveis por conta das evidências de maquiagens no balanço.
Elogiou também a parceira KPMG:
“Se não fosse pela KPMG, a gente não teria a renegociação da Caixa Econômica Federal nos patamares que foram, muita gente ali contribuiu”
“Eles conseguiram desenrolar Corinthians, Caixa e Oderbrecht, que não é fácil, em um processo exaustivo”
“Então a KPMG foi muito importante nesse processo de reestruturação de dívida”
A ‘ajuda’ da KPMG, suspeita de roubar a ‘Americanas’, no acordo com a CAIXA está relatado no início desta postagem; o auxílio com a ODEBRECHT inexistiu pois decidido ainda na gestão Andres Sanches, quando, em recuperação judicial, para vergonha do clube, a construtora decidiu, em documento oficial enviado a acionistas, que o calote do Corinthians era certo e não poderia constar mais, como estava, na contabilidade.
