Após receber muitos milhões de reais oriundos da solidariedade humana diante da tragédia que vitimou dezenas de pessoas em 2016, a Chapecoense, até então absolutamente irrelevante no contexto mundial do futebol, decidiu que os familiares dos mortos e feridos não deveriam ser atendidos com rapidez.
Embolsou, gastou e não pagou as indenizações devidas.
Agora, em novo episódio de canalhice, inseriu a pendência em ação de recuperação judicial, com pedido de redução dos valores em até 86% e três anos de carência para início, parcelado (72 vezes), dos pagamentos.
A proposta é tão abjeta que chega a ser difícil comentá-la sem indignação.
Se o clube, nitidamente, escolheu agir com ‘esperteza’, caberá ao judiciário endurecer as decisões.
A Chapecoense recebe cotas de tv, de federações e também patrocínios, além de possuir no elenco jogadores que, mesmo os mais baratos, seriam suficientes para resolver os problemas numa tacada só.
Que se bloqueie tudo.
Será a única maneira de corrigir, já com relevante atraso, a irresponsabilidade dos que se beneficiaram, inclusive esportivamente, da desgraça.