Líder das pesquisas eleitorais brasileiras há décadas, mesmo quando não concorria à Presidência da República, Lula, mais do que anteriormente, é a esperança mais palpável de retirar o Brasil do abismo, hoje representado pelo Estado miliciano do Bolsonarismo.

Mas há a necessidade de contraponto.

Alguém precisa relembrá-lo – porque não é possível que não saiba -, da necessidade de se evitar, numa disputa em que o adversário joga sujo, entrar em divididas que não agreguem na campanha.

Arriscar é para quem está atrás; o líder precisa apenas administrar.

Ainda que, por ventura, esteja com razão nas manifestações mais polêmicas, como, de fato, esteve nos últimos dias.

Período eleitoral não é para contrapor assuntos religiosos ou dar palpite em conflitos de terceiros, principalmente quando a mídia brasileira, sem profundidade, já escolheu para quem torcer.

Ou distorcer.

Lula sequer precisa prometer, bastando, como tem feito, acertadamente, em algumas ocasiões, demonstrar o que já fez.

É grande a responsabilidade do petista.

Se antes o desafio era fazer do Brasil um país com menos diferenças, mais inclusivo e social, agora é evitar que o horror se instale, definitivamente, na vida da população.

Mas ele precisa de ajuda.

Gente de coragem que seja capaz de fazê-lo evitar conflitos desnecessários com a incultura popular, principalmente a imposta por charlatões que se apresentam na condição de religiosos.

Alguém que diga: “você está errado”, e, em caso de resistência, não tenha medo de insistir.

O ‘amém’ de quem bajula, seja por conveniência ou idolatria, quando se faz necessário o contraponto, acaba por dificultar caminhos que poderiam ser percorridos com mais facilidade.

Facebook Comments