No início da semana, Conselho Fiscal e CORI do Corinthians concordaram com a aprovação das contas do clube, que serão, posteriormente, objeto de votação no Conselho Deliberativo.
Comportaram-se como coadjuvantes de evidente farsa.
Dentre os argumentos principais destacou-se o suposto superavit de R$ 5,6 milhões.
A título de comparação, em 2016, a caótica gestão Roberto de Andrade, que quase caiu em processo de impeachment, anunciou números ainda melhores: R$ 31 milhões.
Soube-se, posteriormente, que havia mais maquiagem no balanço do que nos contratos firmados no departamento de futebol.
Todos fingem desconhecer, por exemplo, a cobrança de quase R$ 700 milhões do Arena Fundo, formalizada em Informes à CVM, sendo R$ 48 milhões apenas em calote de repasses da venda de ingressos.
Nada disso está no balanço do Corinthians.
Andrade, quando presidente, utilizou-se da mesma tática: anunciar números positivos, ainda que fakes, para viabilizar o aumento de gastos no futebol e consequente beneficiamento de cartolas e intermediários.
Nos anos seguintes, o Corinthians enfileirou uma sequência de déficits: R$ 35,1 milhões (2017), R$ 18,7 milhões (2018), R$ 195,4 milhões (2019) e R$ 123 milhões (2020).
Duílio, que esteve com Roberto nas gestões passadas, já começou a gastar por conta.