Há anos se fala na criação de uma Liga de Clubes no Brasil, que colocaria as agremiações na condição de administradores dos campeonatos disputados por aqui, deixando a CBF somente com a Seleção Brasileira.
Anos atrás, a pioneira advogada Gislaine Nunes, em árdua batalha – inclusive judicial – com a Casa Bandida e seus mais próximos, entre os quais o vascaíno Eurico Miranda, tirou a ideia do papel e fundou a Liga de Futebol Nacional do Brasil.
Conquistou a chancela da FIFA e os poderes inerentes aos da CBF.
Desde então tenta convencer as agremiações a aderirem ao que já existe, mas esbarra, sempre, na ganância da cartolagem.
Ninguém discute, previamente, planejamento para mudar o futebol brasileiro ou métodos de monetizar as agremiações com o trabalho a ser realizado.
Só se fala em dinheiro adiantado.
Os cartolas querem bilhões, mas sem nenhuma contrapartida assegurada.
Esse é o ponto.
Não à toa os atuais postulantes a parceiros, entre os quais a família Zveiter, que infelicita, há tempos, tribunais esportivos e comuns desse país, permanecem no jogo.
Todos prometem dinheiro, mas pouco se aprofundam nas necessidades do esporte no país.
Ainda assim, a cartolagem não entre em acordo.
Nada funcionará enquanto embolsar dinheiro fácil estiver à frente de tornar a organização do futebol mais atrativa a investidores.
Se adotada nos termos propostos pelos Zveiter – de favorecimentos instantâneos, a Liga tende a ser de tiro curto, sem profundidade, servindo apenas aos interesses da cartolagem de ocasião.