Por FLÁVIO DINIZ THOMAZ

Prezado Blog do Paulinho, venho por meio desta me manifestar em relação a publicação do dia 31/01/2022, que tomei conhecimento no dia 01/02/2022. Esse fato acabou com minha vida e está repercutindo na vida dos meus filhos e família, diante disso, gostaria de ter a oportunidade de expor a minha versão, haja visto que só foi apresentado a versão da Sra. Paula. Fui acusado injustamente de ser drogado e fui enquadrado na Lei Maria da Penha, já estou sendo considerado culpado sem que o processo tenha sido julgado. Esclareço que o relato abaixo está documentado e inserido no processo judicial que está sendo movido contra a Sra. Paula, sendo que esse processo segue em segredo de justiça.

É importante observar que a Sra. Paula tem histórico agressivo, não só comigo mas com familiares e vizinhança, de longa data, assim como seu comportamento alterado devido ao uso abusivo de álcool e por longas horas, comprovado por toda vizinhança inclusive por colegas de trabalho.

Vale ressaltar que eu fui acusado dessa suposta agressão, exatamente dois (2) dias após ela ter tido alta da internação da ala psiquiátrica da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde eu me recusei a busca-la por dois motivos: primeiro que era a oportunidade de fazer com que ela fosse internada e se tratasse, pois tem cinco (5) filhas menores de idade que vivenciam esse comportamento desiquilibrado da mãe, residem em minha casa e por elas eu tenho aguentado todo esse sofrimento, e segundo porque eu sabia que quando ela saísse iria aprontar comigo como aconteceu. Só para constar nesse final de semana que ocorreu toda essa situação, eu estava no interior de São Paulo. É importante frisar, que em 2020 eu sofri uma forte agressão física vinda dela, que causou serias lesões em meu corpo, que desse fato gerou um BO com corpo delito e que por causa das meninas infelizmente não fiz a representação na data oportuna, da qual me arrependo e muito.

No sábado dia 20/11/2021, ela estava alterada causando problemas na vizinhança e no comercio que tem no anexo de minha residência. Foi chamada a Polícia que conversou com ela, e só foi embora a viatura após a Sra. Paula entrar em casa, após a saída da polícia ela saiu com uma faca na mão fazendo ameaças contra familiares, deixando a porta aberta /escancarada com 03 filhas dela dentro de casa. E depois foi encontrada por socorristas tentando se suicidar, foi levada para Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde foi internada no dia 21/11/21 e teve alta no dia 23/11/2021, sendo que a suposta agressão ocorreu no dia 25/11/2021.

O termo de alta foi assinado por terceiros diz o seguinte:  Diagnosticada com a CID F621. Modificação Duradoura da Personalidade após doença psiquiátrica, e ainda consta que ela deveria fazer tratamento clínico de Saúde Mental, além de ter constatado que a paciente tem histórico de dependência química. Vale ressaltar que até o momento não tenho conhecimento de Sra. Paula ter iniciado nenhum tratamento conforme indicado na alta.

Após a alta da Sra. Paula, fiz um BO constando que eu estava saindo de casa para não ser acusado de abandono de lar e das minhas filhas posteriormente, além disso pedi medida protetiva para que eu pudesse retornar para minha casa.

Conheci a Paula num dos piores momentos de minha vida. Tinha acabado de perder minha mãe, meu filho estava se mudando de Pais para jogar futebol, meu pai sofrendo muito e eu estava muito mal.  A Paula tinha 03 filhas, lindas, meigas e carinhosas, conquistaram a mim e a minha família, preencheram um vazio em nossas vidas, sempre pensávamos nas meninas, eu, meu pai e meus irmãos, principalmente minha irmã. Quando a Sra. Paula engravidou das minhas duas filhas, ficou impossível me separar dela e ficar sem saber o que seria das meninas.  A situação piorou após a morte do meu pai em fevereiro de 2017, mas como sempre pensava nas meninas em primeiro lugar, por diversas vezes passei apuros no meu trabalho por ela aparecer alterada. Sempre cuidamos dessas meninas, principalmente minha irmã, que acompanhou na vida escolar, introduziu no esporte, aulas de violão, alfabetizou, tratou da fala/dicção, acompanhou diariamente na pandemia as aulas online, enfim, foi dado todo suporte, minha irmã sempre dizia que precisava ocupar o tempo das meninas com coisas boas, esporte e educação, matriculou as meninas no projeto Curumim do SESC Pompeia, por fim, cuidou muito bem dessas 05 meninas.

Verifiquem o histórico dela e comparem com o meu, trabalho com o futsal desde que meu filho mais velho tinha 7 anos, hoje com 29 anos, aliás, foi por causa dele que ingressei nessa profissão. Tem noção da repercussão disso na minha vida pessoal e profissional? Como estão meus filhos diante de tudo isso? Minhas filhas tem 4 e 9 anos, estão abaladas emocionalmente, a mais nova ficou doente e quando minha irmã foi leva- lá no PS, ela só queria ficar com o papai. Qual criança que vê um pai agredir uma mãe quer ficar com ele?  Ainda mais doente?

Sempre fui respeitado no mundo do futsal e sempre respeitei a todos, já fui até homenageado por trazer títulos para o clube.  Os pais dos atletas sempre confiaram seus filhos a mim e agora eu sou acusado dessa maneira?

Os funcionários me conhecem, sabem como sou, sabem do meu caráter, da minha índole. Não sou perfeito, tenho meus defeitos. Mas faço de tudo pela minha família. Estou pagando um preço muito alto por não ter coragem de abandonar minhas filhas, porque só assim que eu conseguiria me separar da mãe delas.  Agora vejo a vida dos meus filhos desmoronar juntamente com a minha e eles marcados psicologicamente, mesmo isso não sendo verdade.

Flavio Diniz Thomaz


No link a seguir, a matéria objeto do Direito de Resposta:

Cartola de Futsal do Palmeiras agrediu ex-esposa e foi enquadrado na lei ‘Maria da Penha’

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