Como era óbvio que ocorreria, a Comissão de Ética e Disciplina do Corinthians, presidida por André Negão, sob a relatoria do bacharel em direito Carlos Roberto Elias, vulgo Dr. Viola, arquivou pedido de investigação contra o ex-presidente Andres Sanches, que teve as contas da gestão 2019 reprovadas pelo Conselho Deliberativo.
Surpreendente seria o contrário.
Ambos são umbilicalmente ligados ao cartola e aos vários escândalos que o cercam.
Sanches, se avaliado com seriedade, seria passível de suspensão de direitos políticos por, no mínimo, dez anos, ou até expulsão do quadro de associados.
A definição do resultado da Comissão, porém, abre espaço para que associados possam recorrer à Justiça, já que esgotados os procedimentos internos na agremiação.
E as chances são boas.
Além do evidente favorecimento da Comissão ao cartola, existem fortes indícios de gestão temerária – para se falar o mínimo.
O processo é obrigatório pela necessidade de preservação do clube diante das punições previstas pelo PROFUT.
Num contexto de seriedade, a diretoria do Corinthians, sob as ordens do presidente Duílio ‘do Bingo’, deveria assinar a ação, principalmente porque seu departamento jurídico, desde alguns dias, trabalha em conjunto ao de compliance, que, por obrigação ética, teria que recomendar o procedimento.
Recomendará?
O compliance, por definição, é um departamento do clube, não da cartolagem de plantão.