No início do ano, quatorzes marginais foram presos em meio a um ataque violentíssimo contra um ônibus que conduzia jogadores do São Paulo.
O atacante Luciano chegou a ser ferido por estilhaços.
Entre os detidos estava o técnico de enfermagem do Hospital Albert Einstein, Rebert Pereira, que, assim como os demais, teria atuado, segundo o MP-SP, sob a orquestração de Bruno Silva Arcanjo, diretor da facção ‘Independente’.
Fala-se ainda na participação de um conselheiro do São Paulo no episódio.
No decorrer do processo, alguns foram libertados, mas, após algumas perícias em celulares e outras investigações, a Justiça decidiu-se por nova prisão temporária dos delinquentes.
O São Paulo foi decisivo ao entrar no processo na condição de ‘assistente’ do MP-SP e juntar aos autos laudos do episódio, entre os quais o do Corpo de Bombeiros.
Nessa documentação, observa-se que, além de paus, pedras e demais artefatos de covardia, os marginais levavam consigo bolas de sinuca, transformada em bombas caseiras, recheadas de pregos que poderiam ocasionar, se explodidas, como aparentemente desejavam os responsáveis pelo ataque, a morte de alguns jogadores.
Na última semana, no intuito de impedir a prisão, Rebert ingressou com pedido de ‘habeas-corpus’, declarando-se com moradia fixa e emprego lícito, comprovado com crachá do Albert Einstein.
O TJ-SP, porém, negou o HC.
Talvez porque, ao observar a ficha de Rebert, além da barbaridade cometida contra o São Paulo, existam duas outras passagens por receptação de produtos supostamente roubados.