Endividada até o pescoço, a WTorre tenta, há algum tempo, repassar a empresa Real Arenas para qualquer comprador que se dispuser a arcar com a milionária dívida gerada pela obra que resultou no estádio do Palmeiras.
De graça, ninguém está querendo.
O pepino é grande.
A construtora, até o momento, não quitou os boletos de seus credores, mas, em contrapartida, embolsou toda a receita que lhe cabia desde a inauguração.
Chegou até a tomar, indevidamente, percentual do Palmeiras, mas foi flagrada pelo clube que recuperou os ativos através de intermediação de arbitragem.
Ou seja, a WTorre levantou a Arena sem pagar nada (através de empréstimos e emissão de debentures), raspou o cofre e quer repassar o que sobrou a quem se habilitar.
Após o vazamento de uma das negociações de venda, com o fundo Vision Brazil, a empresa correu para negar, em entrevista, qualquer movimentação nesse sentido.
O Palmeiras, beneficiário, mas também solidário nos problemas, contratualmente falando, precisa acompanhar todo esse processo para, se necessário for, interferir, evitando que o futuro parceiro, com quem terá que conviver por décadas, não esteja desalinhado com promessas iniciais aprovadas quando da autorização do Conselho para assinatura da parceria.