Fala-se bastante do enorme passivo trabalhista da Portuguesa, que, corrigido, pode atingir soma de R$ 50 milhões, mas pouco das pendências geradas por calotes em impostos, que, em valores, são bem mais expressivas.
No total, a Lusa deve exatos R$ 111.548.725,68.
- R$ 53,1 milhões em tributos diversos;
- R$ 47,7 à previdência;
- R$ 1,6 milhão em multas trabalhistas
- R$ 9 milhões ao FGTS
Os calotes estão compreendidos entre 2006 e 2019.
Ou seja, a comemoração pelo início do processo de tombamento do estádio do Canindé, que serve apenas para atrapalhar os credores, em nada refresca a situação financeira do clube.
De que adianta manter um estádio caindo aos pedaços se nem a conta de luz o clube consegue pagar?
Diversas soluções se apresentaram (inclusive com participação de credores), ao longo dos anos, para ajudar a Portuguesa a eliminar as dívidas, construir uma Arena menor e seguir adiante, com folga para investir no futebol, mas nenhuma delas deu certo porque os governantes estavam mais preocupados em garantir a própria lucratividade do que em salvar o clube de um fim triste que parece, lamentavelmente, cada vez mais próximo de acontecer.