O hábito é sempre o mesmo: ao se ver acuado antes de sabatina no Conselho Deliberativo, o presidente do Corinthians, Andres Sanches, inventa negociações que, coincidentemente, seriam questionadas na reunião do órgão.
A lorota da vez é a de que, no dia seguinte ao encontro, a diretoria alvinegra sentará com a CAIXA para discutir termos de possível acordo objetivando frear ação de execução, em valores que ultrapassam R$ 500 milhões, oriundos de calote em parcelas de empréstimos junto ao BNDES, intermediados pelo banco.
Questionada sobre a veracidade desta negociação, a CAIXA, através de assessor, respondeu que “não existe agenda de reunião com o Corinthians em nenhuma de suas diretorias”.
Sobre a ação judicial, o banco preferiu não comentar.
Sanches, em verdade, tenta ganhar tempo e enfraquecer as cobranças, que seriam encerradas, por hora, até que o resultado das supostas tratativas (inexistentes) fosse explanado.
O comportamento da CAIXA diante do negócio ‘estádio de Itaquera’, nitidamente é de confronto, não de conciliação.
Além de executar o Corinthians, o banco, desde alguns dias, ingressou na Justiça solicitando o fim da recuperação judicial da Odebrecht, a quem acusa de fraude ao inserir, no contexto, empresas ligadas ao grupo que, por lei, não deveriam ser beneficiadas.
Dentre elas está a OPI (Odebrecht Participações e Investimentos), utilizada pela afamada organização criminosa na gestão do Arena Fundo, responsável pelas finanças do estádio de Itaquera.
Na próxima segunda-feira (30), os conselheiros alvinegros decidirão se devem trabalhar com fatos e provas ou acreditar em histórias da carochinha, como a nova ‘reunião’ com a CAIXA, que servirá a Sanches como os inverídicos quase acertos de ‘naming-rights’, nunca consumados, suficientes para amenizar cobranças em reuniões anteriores.
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