Andres Sanches e Raul Corrêa da Silva – janeiro de 2019

Marcada pela nebulosidade de procedimentos, a ponto do ex-diretor de finanças, Emerson Piovesan, afirmar que os balanços assinados pelo antecessor, Raul Corrêa da Silva, eram ‘maquiados’, os últimos doze anos de gestão do Corinthians não primam, também, pela competência.

Certamente a marca mais valiosa do Brasil entre clubes de futebol (não se trata de avaliar número de torcedores, em que o equilíbrio com o Flamengo é notório), principalmente pelo fato de possuir maior número de adeptos nos centros financeiros mais revelantes do país, é inadmissível que a agremiação de Parque São Jorge figure apenas na quarta colocação entre os que mais arrecadam.

Segundo dados revelados pelo Itau/BBA, os três primeiros são: Palmeiras, com R$ 654 milhões, Flamengo, que recebeu R$ 536 milhões e o São Paulo, que, apesar da ‘seca’ de conquistas, arrecadou R$ 399 milhões.

O Corinthians obteve apenas R$ 389 milhões.

Não dá nem para dizer que o histórico tricolor de vender melhor seus jogadores influenciu no resultado final, porque a pesquisa também elencou as Receitas, retirando valores recebidos em transações de atletas.

Todas as posições mantiveram-se intactas, aproximando Palmeiras de Flamengo, ampliando, porém, a vantagem do São Paulo sobre o Timão.

Palmeiras com R$ 484 milhões, Flamengo R$ 479 milhões, Tricolor R$ 310 milhões e o Corinthians ficando com R$ 287 milhões.

É possível até dizer que a avaliação do Verdão é inflada pelo doping financeiro ocasionado, sabe-se lá por quais motivações, pelo irreal valor de patrocínio pago pela Crefisa, mas, ainda sim, se trazido para a ‘realidade’, em projeção pessimista, o alviverde cairia, se tanto, para a terceira colocação, ainda assim à frente do rival alvinegro.

Fica claro que o Corinthians tem o crescimento limitado por um gestor de pouca visão, instrução e, principalmente, acostumado a ganhar dinheiro no submundo, que é bem diferente do mundo das grandes corporações, razão pela qual responde a grande número de inquéritos e ações, acusado que é por crimes diversos.

O impacto negativo da má-gestão influencia em diversos setores do clube, ocasionando na formação de um time de futebol aquém das possibilidades e no acúmulo de dívidas com empréstimos para cobrir o resultado da incompetência.

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