O Blog do Paulinho revelou, ontem, estranho negócio envolvendo Figueirense e Tombense (clube “barriga de aluguel” do agente Eduardo Uram), com aparente conivência da CBF, que, em período de poucos dias, aceitou registrar o mesmo atleta entre as duas agremiações, em três alterações documentais distintas.
Para saber detalhes e conferir as provas, clique no link a seguir:
O estranho negócio entre Figueirense e o empresário Eduardo Uram
O procedimento, tratado no mundo da bola como “transferência ponte”, é proibido pelo próprio Regulamento Nacional de Registros da CBF, que diz, em seu art. 34, parágrafos 1º e 2º:
§1º – Entende-se por “transferência ponte” toda transferência que envolva o registro do atleta em um clube intermediário sem finalidade desportiva visando a obtenção de vantagem, direta ou indireta, por quaisquer dos clubes envolvidos (cedente, Intermediário ou adquirente), do atleta ou de terceiros.
§2º – Presume-se que a transferência não possui finalidade desportiva nas hipóteses exemplificadas:
I. duas transferências definitivas do atleta em um lapso temporal igual ou inferior a 3 (três) meses;
II. transferência definitiva seguida de transferência temporária, sem que o atleta participe de competições oficiais pelo clube intermediário;
III. fraude ou violação a normas financeiras, trabalhistas e/ou desportivas;
IV. fraude ou violação aos regulamentos de entidades nacionais e/ou internacionais de administração do desporto;
V. ocultação do real valor de uma transação.
A irregularidade é evidente e passível de graves punições, entre as quais o rebaixamento dos clubes para divisão inferior.
Levando-se em consideração que Reynaldo Buzzoni, investigado na CPI do Futebol e também pela polícia do Rio de Janeiro por suspeita de facilitação a empresários de jogadores permanece como Diretor do Departamento de Registros da “nova” CBF, do velho Rogério Caboclo, a “sinuca de bico” do discurso de renovação da Casa Bandida terá, agora, seu primeiro teste real de procedimento.