Ontem (05), o Flamengo decidiu homenagear o deplorável deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL), concedendo-lhe camisa do clube personalizada, com o número “17” (do partido), exposta depois, com a foto de Bolsonaro ao fundo, em rede social.

O parlamentar é um dos que, covardemente, quebrou a placa de rua que homenageava Marielle Franco, ex-vereadora assassinada por milicianos cariocas, em 2018.

No último domingo, o clube não se opôs à presença lamentável dessa mesma figura, no gramado do Maracanã, comemorando com o time a conquista da inexpressiva Taça Rio.

Em ambos os casos, sequer teve a coragem de admitir tê-lo feito.

No evento da comemoração, jogou a culpa na Prefeitura, responsável, segundo o clube, pelo convite ao abjeto; na exposição da camisa, disse tratar-se de iniciativa isolada de diretor.

Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, que também contou “histórias para boi dormir” no incidente, mais grave, que vitimou os garotos do Ninho do Urubu, parece não conseguir deixar de lado hábitos adquiridos de quando assessorava o afamado “loroteiro” Eike Batista, responsável por levar à bancarrota diversos investidores que embarcaram nos projetos “X”.

Porém, pior do que faltar com a verdade, é aproximar o clube, historicamente reconhecido por ser popular, de adeptos de práticas fascistas, apoiadores de milicias e demais criminalidades.

Conselheiros e torcedores rubro-negros não devem se calar diante de fatos como estes, sob risco do clube seguir sendo utilizado para propaganda deplorável de grupos que incitam exatamente o contrário de tudo o que o Flamengo representou ao país em sua gloriosa história de vida.

Em tempo: Ainda no domingo passado, o Flamengo, em nota oficial, fez questão de dizer que nada tinha a ver com a homenagem, feita por torcedores, a Stuart Angel, remador do clube que, em 1971, foi perseguido, preso, torturado e morto pela ditadura.

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