Fracasso contínuo desde que deixou o Santos, ainda em início de carreira, a ex-promessa (nunca confirmada) Paulo Henrique Ganso estaria prestes a ser contratada pelo Fluminense.

Nunca se duvidou do talento do atleta, mas sim de sua disposição para jogar futebol.

Ganso parece sempre conformado em dar dois ou três toques de efeito na bola durante uma partida, quase sempre sem objetividade, mas inconforma-se, mesmo sendo culpado, com as críticas recebidas pela falta de coletividade.

A cabeça do atleta, tão importante para garantir-lhe um bom domínio do corpo sobre a bola, necessita, há tempos, de um trabalho melhor de realinhamento com a realidade.

Soubemos, de gente que tem acompanhado sua trajetória, que, em vez de se dedicar mais aos treinos ou ao aperfeiçoamento tático, Ganso tem por hábito jogar nas costas de Deus o sucesso que, acredita ainda estaria por vir.

É pouco provável, diante da idade já avançada, que o meia conquiste o que realmente sonhou para sua carreira, mas, em voltando ao futebol brasileiro, diante do péssimo nível de nossos campeonatos, poderá, talvez, sobressair-se em determinados momentos.

Porém, para que isso possa ocorrer, caberá ao Fluminense conseguir, nem que seja por meio de profissionais especializados em psicologia, fazer Ganso entender que um jogador de futebol, ainda mais com boa qualidade técnica (e com a sorte de ter no sistema de jogo de Fernando Diniz, seu provável treinador, um adepto do jogo de passes), precisa saber separar o momento de correr com o de se ajoelhar.

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