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“não é guiados por porcos que se resolvem os problemas do chiqueiro”.

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Aconteceu o que o leitor do Blog do Paulinho já estava avisado que ocorreria, há dias: Andres Sanches se compôs com Roberto Andrade e, por ter mais de cem conselheiros encabrestados (eleitos sob o antigo sistema do “chapão”), direcionou-os à votar contra a proposta de impeachment do presidente do Corinthians.

Porém, a explicação para o massacre (183 votos contra 81, com um nulo e um em branco) precisa ser mais aprofundada.

Vamos a outros números:

Dos 144 conselheiros vitalícios com direito a voto, 85 compareceram, 59 faltaram.

Destes (votantes), 50 votaram à favor do impeachment; 34 contra; um em branco.

Entre os Trienais (eleitos sob anuência de Andres Sanches), 185 compareceram, 15 faltaram.

150 votaram contra o impeachment; 34 à favor, um anulou.

O quadro é claro: enquanto Andres Sanches demonstrou força com adesão maciça entre os seus (trienais), os dissidentes da gestão (“reforçados” pela batuta reprovável de Edgard Soares e alguns oposicionistas que insistiram em não enxergar que um barco sem capitão habilitado tende a afundar) sequer conseguiram, entre os próprios, unanimidade.

Diziam ser mais de 60, quando apenas 34 votaram favoráveis às suas proposições.

Mesmo entre os vitalícios, que não suportam mais a gestão de Roberto Andrade, nem o domínio de Andres Sanches e seu grupo sobre o Corinthians, a “vitória” de 50 a 34 tratou-se, em verdade, diante da expressiva ausência (59 conselheiros) de exemplificar a falta de estímulo de alguns em apoiar qualquer iniciativa em que gente com as “qualidades” de alguns apoiadores do impeachment representavam.

O clube, agora, espera para presenciar a que tipo de acordo o atual presidente, Roberto Andrade, se submeteu para se manter no poder (na última sexta-feira, chegou a chorar à frente do deputado e doutras testemunhas, e, reunião que aproximou a todos), e que aqueles que batalham por mudanças no Parque São Jorge, diante do terrível quadro de desvios de condutas que se repete hà mais de dez anos, aprendam a lição:

“não é guiados por porcos que se resolvem os problemas do chiqueiro”.

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