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O gaúcho Fernando Prass, no auge de seus 38 anos, mesmo sem nunca antes ter vestido a camisa da Seleção Brasileira, almejava a consagração nas Olimpíadas, em sua primeira, e justa, convocação para a equipe nacional.

Não acontecerá.

O destino, que lhe parecia favorável, pregou-lhe uma dura peça, cortado que foi do grupo após fraturar o cotovelo nos treinos durante a semana.

É um fato que entristece não apenas ao goleiro, mas aos que acompanham futebol dentro e fora das quatro linhas e sabem que Prass é, antes de tudo, um homem decente num mundo de bastidores quase sempre sombrios.

Vale lembrar que teve a coragem de se posicionar contra a corrupção na CBF, por intermédio do Bom Senso FC, quando muitos outros, bem mais consagrados, se calaram.

Goleiro é das poucas profissões em que o jogador de futebol consegue jogar em nível elevado próximo dos 40 anos de idade, razão pela qual Rogério Micale, na Seleção Olímpica, e Tite, na principal, tinham Prass na conta de líder nato de um grupo que há anos não tem em seus quadros alguém para comandar.

O sonho, tomara, tenha sido apenas adiado.

Não deu para as Olimpíadas, mas pode dar, por que não, para a Copa do Mundo, daqui a dois anos, na Rússia.

Mesmo que não ocupe a posição de titular (embora, hoje, tenha futebol para tal), Prass e seu impoluto histórico de vida, merecem vestir o uniforme da Seleção, mais do que muitos que vestiram, sem qualquer justificativa técnica, nos últimos anos.

A vida há de sorrir novamente para quem, quando poucos esperavam, consagrou-se no Palmeiras após os 35 anos de idade, foi lembrado para a Seleção aos 38 e terá muita lenha para queimar, tudo indica, em 2018.

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