palmeiras 1951

(publicado, originalmente, em 10 de agosto de 2014)

Anuncia-se, para os próximos dias, uma constrangedora divulgação de que o Palmeiras seria “oficializado” como Campeão Mundial de 1951.

Chega a ser ridículo.

Primeiro porque até os palmeirenses sabem que, apesar de importante (pela presença de boas equipes), o torneio era amistoso, sem qualquer tipo de chancela ou critério oficial para organização e escolha dos participantes.

A Copa das Confederações é um bom parâmetro de comparação, e, mesmo orquestrada pela FIFA, com todos os times vencedores de seus respectivos continentes, não transforma o ganhador num campeão mundial.

O Palmeiras, de passado glorioso, não precisa de farsas montadas em escritórios de cartolas para ser grande, muito pelo contrário.

Deve sim, preocupar-se com o presente, que, da maneira como vem sendo tocado, não lhe garantirá bom futuro.

Triste ver um clube de tantas glórias e tradições ter, no ano de seu centenário, como única motivação, comemorar um título de 1951, mentindo a seu torcedor, muitos deles, carentes, ávidos para serem enganados.

Se a disputa mundial existisse, no período, o Verdão provavelmente a conquistaria, assim como ocorreria com o Uruguai, nos anos 20, em que dominou o futebol mundial com duas conquistas olímpicas – à época o mais relevante campeonato de seleções – mas deu azar da Copa do Mundo ter sido iniciada apenas em 1930.

Deu tempo para os celestes ganharem o primeiro torneio, sem implorar pela oficialização dos feitos anteriores, e, nem por isso, ter a história, magnífica, esquecida ou desmerecida.

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