Motivados pela diretoria do Corinthians, temerosa em ser tratada como culpada se o clube sofrer revés na Libertadores da América (precisa vencer por três a zero a um fraco Guarani/PR para a classificação direta às quartas de final), sete mil pessoas compareceram a um treinamento aberto do Timão no “Fielzão”, em Itaquera.
Certamente todos empresários, afinal, tratava-se de um evento realizado em horário comercial, em que funcionários comuns, poucos, teriam acesso sem prejuízo em seus respectivos empregos.
Quase todos uniformizados com camisas de facções criminosas “organizadas” (a maior parte ligada aos Gaviões da Fiel), infringindo – com anuência dos diretores alvinegros – leis em exercício, como a proibição de utilização de sinalizadores e bandeiras de grande porte.
Gritos de guerra e óbvia pressão disfarçada de apoio incomodava aos únicos trabalhadores do local, atletas e comissão técnica, que mesmo precisando de paz para executar as tarefas preparatórias à decisão que está por vir, por medo, disfarçavam sorrisos e gestos de felicidade em meio á clara desaprovação do episódio.
“Se perder, os jogadores estão fritos e a diretoria “boazinha”, estimuladora de torcedores, estará salva”, “se ganhar, a torcida terá feito a diferença, dirão jornalistas que precisam agradar os dirigentes”, disse, com sabedoria, um conselheiro alvinegro.
EM TEMPO: se o Corinthians for eliminado da Libertadores, o prejuízo direto estimado (premiações e arrecadação) será de aproximados R$ 30 milhões. O indireto é incalculável.