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A CBF, por decisão de Marco Polo Del Nero, colocou um de seus pelegos, o diretor financeiro Rogério Caboclo (ligado o São Paulo), para chefiar um grupo de de trabalho, formado por nove presidentes de clubes da Série A, no intuito de definir a alteração ou manutenção do sistema de disputa do Campeonato Brasileiro.

Pontos corridos ou mata-mata, eis a questão.

Participam das discussões os mandatários de Corinthians, Flamengo, Atlético/MG, Vasco da Gama, Atlético/PR, Coritiba, Grêmio, Santos e Sport.

Destes, a princípio, são favoráveis ao retorno do “mata-mata”: Corinthians, Vasco da Gama, Atlético/MG, Grêmio e Santos.

Sem entrar no mérito do assunto (desde já nos posicionamos favoráveis aos pontos corridos), de todos os que se posicionam a favor da mudança, a atitude menos inteligente é a do presidente do Timão, Roberto “da Nova” Andrade.

O clube de Parque São Jorge tem a seu favor as maiores cotas de televisão e patrocínios, contando ainda com uma média garantida de no mínimo 30 mil torcedores por partida no Fielzão, que, um pelo outro, costuma render R$ 2 milhões aos cofres alvinegros (a cada jogo).

Ou seja, bem administrado, tem a obrigação de figurar sempre com uma campanha de ponta nos campeonatos mais longos, e que fogem da, por vezes, lotérica disputa eliminatória.

Além disso, os pontos corridos dão a certeza ao Corinthians de um número exato de partidas a serem disputadas em seus domínios (mesmo em caso de má-fase), que poderiam não acontecer (com enorme perda financeira) em caso de eliminação precoce do torneio.

Na atual conjuntura do futebol brasileiro, em que, excetuando-se o Brasileirão, todos os outros torneios são disputados no “mata-mata”, retirar do mais importante campeonato do país a certeza de que o melhor triunfará ao final, por si, não é uma atitude coerente.

Mas ver o presidente de um dos dois clubes que mais recebem recursos financeiros (de diversas fontes) se posicionar a favor de uma mudança que desfavorece claramente a sua agremiação (esportiva e financeiramente) é indicador claro de falta de preparo, quando não, pouca inteligência.

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