Após um dia de surpresas, em que até Valdivia não se machucou, Inglaterra e Itália prometem fortes emoções na Copa 2014
A rodada de ontem serviu para comprovar que em jogos de Copa do Mundo somente os fortes realmente confirmam o que deles se esperava antes do torneio.
Camarões, que quase entrou em greve por uma premiação que sequer tem capacidade para receber, demonstrou não ser nem sombra da equipe que um dia encantou o mundo, na justa derrota para o México, por um a zero, que deveria ter sido bem mais elástica, não fosse outra triste atuação da arbitragem.
Giovanni dos Santos, brasileiro que joga no México, comportou-se, com destaque.
Nem mesmo o mais otimista dos holandeses poderia supor o massacre holandês que deixou perplexo o mundo do futebol.
A Espanha, que dominou os primeiros 30 minutos, após o gol de Xabi Alonso, tropeçou na arrogância, perante um adversário de altíssimo nível, mordido pelo mundial anterior – em que foi vice da Fúria – e com um Robben em atuação espetacular.
Cinco a um, que poderia ter sido ainda mais desastroso.
Para sorte dos espanhóis, o Chile, apesar de vencer uma surpreendente e esforçada Austrália – com evolução nítida após se inserir na disputa das eliminatórias da Ásia – demonstrou ser daquelas promessas difíceis de serem cumpridas.
A defesa é horrorosa, um meio campo que tem Valdívia – que estranhamente não se machuca em Copas do Mundo – não pode ser confiável, sobrando apenas para o ótimo setor ofensivo, chefiado por Alexis Sanches, do Barcelona, algum motivo de esperança.
Na continuidade do Mundial, teremos quatro partidas a serem disputadas, nas próximas horas:
No Mineirão, a Colômbia, mesmo sem Falcão Garcia, é favorita, mas terá que se desdobrar para vencer o sempre chato e fechadinho time da Grécia.
O Uruguai tem tudo para fazer um treino de luxo contra a Costa Rica, no Castelão, empurrado por uma torcida que já invadiu a capital cearense.
Inglaterra e Itália fazem uma partida histórica, na Amazônia – pulmão do mundo – sem prognóstico.
Os que se adaptarem melhor ao clima de sauna ao ar livre local saem com alguma vantagem.
Os italianos sempre se portam bem em Copas do Mundo – até quando não estão bem – enquanto os Ingleses tentarão vencer o trauma das campanhas pífias mais recentes.
Por fim, Costa do Marfim e Japão devem fazer uma partida interessante, rápida, no Recife.
Os africanos mais técnicos, apesar de brutos na marcação, contra japoneses sempre rápidos, mas cada vez mais com jeito de time europeu.

