Em mais um capítulo da guerra que já deixou de ser fria para se tornar escancarada, no Parque São Jorge, Andres Sanches utilizou-se de seu assessor, o conselheiro do Corinthians, Neto, para vazar à imprensa que o clube, além da dívida monstruosa, não terá dinheiro para se manter nos próximos três anos.
Clara afronta ao atual presidente, Mario Gobbi, e seu diretor financeiro, responsável pelos balanços do clube, Raul Corrêa da Silva.
Ambos, antes parceiros, mas, agora, cada vez mais desafetos do ex-presidente alvinegro.
Com as cotas de tv adiantadas até 2017, e os recebíveis oriundos do estádio podendo ser utilizados, apenas e tão somente, para quitar o débito com a Odebrecht, fica praticamente inviável gerir o clube nos próximos anos.
Ouvidos pelo blog, ontem, logo após o vazamento, conselheiros garantem que vão cobrar duramente a atual gestão pelo ocorrido:
“O Mario (Gobbi) tem direito de gerir as finanças do Corinthians até o final do ano, dentro de seus mandato. É inadmissível, porém, que passe a mão em recursos que devem ser administrados pelo próximo presidente, deixando-o sem nenhuma fonte relevante de renda.”, disse importante figura do Parque São Jorge.
Certo é que o leitor desse espaço sempre soube da real situação financeira do Corinthians, e nunca foi enganado.
Porém, com a confirmação, não apenas das dívidas, mas também dos métodos utilizados para disfarçá-la, o grupo de Sanches, definitivamente, atestou o que, antes, sempre era empurrado para debaixo do tapete, ou do cesto de lixo das redações jornalísticas.
Resta agora aos atuais gestores do clube saírem dos casulos – se puderem – e defenderem suas posturas, sob pena de, na omissão, assumirem a culpa do que, certamente, não fizeram sozinhos.