Nas últimas semanas, dissidentes da gestão Mario Gobbi, no Corinthians, tem se encontrado com representantes da oposição do clube, em conversas que visam não apenas aparar arestas do passado, mas também denunciar irregularidades cometidas, e abafadas, pelos que hoje dão as cartas no clube, represetandos pelos grupos “corinthianos obsessivos” e os “fora dualib”.
Ontem, num desses encontros, almoçaram André Negão e Onofre, partícipes ativos da gestão Andres Sanches e os oposicionistas Paulo Garcia, Osmar Stabile e Fran Papaiordanu.
O assunto principal foi a corrupção no departamento de futebol amador do clube.
André Negão, que já foi acusado de manter esquema no departamento e também negociar jogadores na equipe principal – sempre desmentidas pelo próprio – passou agora a acusar frontalmente os gestores da base alvinegra.
Disse que o esquema, que tratou como “Caixa 10”, seria chefiado pelo ex-funcionário Niltinho, com a colaboração de conselheiros do Corinthians.
Falou ainda que revelará outros nomes, em breve, num escândalo que deverá abalar ainda mais as relações já tempestuosas entre o grupo do atual presidente, Mario Gobbi, e do antecessor, Andres Sanches.
Certo é que, nesse clima bélico, adversários históricos no Corinthians parecem dispostos a um período de trégua, com o intuito de expor as mazelas de um grupo que, além de estar envolvido em falcatruas, é tratado, até por isso, como “aventureiro”, sem histórico que justifique o poder no Parque São Jorge.