reinaldo azevedo

Falou-se bastante, no dia de ontem, sobre a reação da jornalista Suzana Singer à contratação do colunista da Veja, Reinaldo Azevedo, pela FOLHA.

Singer é ombudsman da publicação.

Azevedo foi tratado como “rottweiler feroz”, no mesmo texto em que a jornalista se dizia preocupada com o “nível da conversa” nas próximas colunas do jornal.

Errou feio.

Talvez motivada por um ódio pré-existente – que não deveria pautá-la em seu importante ofício – das colocações sempre agudas realizadas pelo jornalista em seu blog, por sinal, de grande audiência na internet.

Por mais que se odeie os escritos de Reinaldo Azevedo – muitos odeiam, ou se adore – muitos são os seguidores, não há como minimizar a importância de seu trabalho.

Seus textos são absolutamente relevantes, causam impacto e devem servir de reflexão, mesmo que não se encaixem no que o leitor entenda como linha correta de análise.

Este jornalista, por exemplo, concorda e discorda de Azevedo diversas vezes no mesmo dia, mas entende que, certo ou errado, tem absoluto direito de expressar suas opiniões.

A FOLHA, pelo visto, tem o mesmo entendimento.

Estranha-me, porém, a não indignação da OMBUDSMAN da Folha com o que consideramos muito mais grave do que escrever de maneira forte e ousada, que são as colunas escritas por quem nunca sai do “meio-campo”, os textos insonsos, sem coragem, muitas vezes, suspeitos.

Além do claro preconceito demonstrado com os colunistas de internet – entre os quais nos incluímos – relacionados negativamente por Suzana Singer para desqualificar o trabalho de Reinaldo Azevedo e sua aquisição pela FOLHA.

Tivesse um pouco mais de dedicação ao ofício, a OMBUDSMAN perceberia que boa parte da pauta jornalística de seu veículo de comunicação é oriunda de furos de reportagens e comentários de blogs e colunas pelos quais demonstrou desprezo em suas explanações.

Muitas vez, aliás, na maioria delas, apresentadas como “exclusivas” pelo jornal, sem a menor menção da fonte das quais foram originalmente “chupadas” pelos jornalistas da glamourosa imprensa escrita.

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