cosa nostra

Após inúmeros pedidos de conselheiros palmeirenses para saber quem foram os negociadores – pelo Palmeiras – do contrato da Arena Palestra, enfim, o mistério foi desfeito.

Com os problemas do projeto em evidência, quem participou, negava tê-lo feito, quem sabia, não contava, e o próprio clube evitava tocar em assunto tão espinhoso.

Somente após cobrança pública, pela internet, de um dos mais atuantes conselheiros palestrinos, a verdade veio à tona.

A lista, por sinal, é assustadora.

E demonstra bem os motivos de um contrato, que claramente favorece a construtora, ter sido aprovado com tamanha facilidade, sem que os conselheiros pudessem fiscalizar adequadamente a documentação, diferentemente do que diz, distorcendo verdade, a WTorre, em sua nota oficial.

A lista de negociadores divulgadas tem entre seus membros: Antônio Carlos Corcione, Antônio Augusto Pompeu de Toledo, José Cyrillo Júnior, Luiz Gonzaga Belluzzo, Marcelo Solarino, Vicente Criscio, entre outros.

Destes, tirante Belluzzo, de passado e atuação -equivocada – no projeto já conhecida e debatida nesse espaço, além doutras mídias, temos nomes que fariam Dom Corleone, famoso personagem de Copolla, pensar duas vezes antes de dividir uma mesa de reuniões.

Corcione, por exemplo, está em vias de ser expulso do Palmeiras por participação em desvio de R$ 291 mil dos caixas palestrinos, junto do comparsa Pedro Renzo, ex-advogado de Arnaldo Tirone, comprovado na Justiça, e divulgado, em primeira mão, pelo Blog do Paulinho.

José Cyrillo foi acusado pelo conselheiro Carlos Mira de ter subtraído R$ 1 milhão do caixa das escolinhas de futebol do Palmeiras.

Antonio Augusto Pompeu de Toledo, então, ficou em situação absolutamente constrangedora com a revelação da lista.

Assim como o apostolo Pedro, que, na hora do aperto, ao ser indagado pelos soldados romanos, negou Cristo, por três vezes, Toledo, quando questionado, negou seu envolvimento com a negociação do Contrato com a WTorre, em mais de trezentas oportunidades.

Agora, a mascara realmente caiu.

Há ainda o nome de Marcelo Solarino, que sobrevive, entre outras coisas, de negociar jogadores da base, em sociedade com um dos conselheiros do clube.

Depois dos detalhes expostos acima, algum torcedor do Palmeiras duvidaria que se, supostamente, a WTorre oferecesse “facilidades” aos referidos membros do denominado “Grupo Executivo Multidisciplinar para o Projeto da Arena”, para beneficiá-la, em detrimento do clube, os valores ou benefícios seriam negados ?

EM TEMPO: a WTorre “esqueceu” de relacionar, entre os participes do acordo, o agora seu funcionário Rogério Dezembro, ex-diretor do Palmeiras, e que, na época, negociava “oficialmente” pelo clube.

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