Publicamos, recentemente, que o Náutico está há mais do dois meses sem pagar os salários de seus jogadores, porém, o caso mais grave envolve o jogador Maikon Leite.
Se o salário do atacante completar o terceiro ciclo de inadimplência, o atleta poderá requerer, na Justiça, a liberação de vínculo, obrigando o clube do Recife a ressarcir o Palmeiras em R$ 106 milhões, valor da multa rescisória.
Agora, o clube, que anteriormente havia tentado devolver o jogador, sem sucesso, decidiu, mesmo sem condições financeiras de arcar com seus salários, bater o pé e impedir uma transferência acertada pelo Palmeiras, dono dos direitos do atleta, para o Catar.
Uma espécie de “birra” que prejudica todas as partes envolvidas no negócio.
O Náutico está, também, descumprindo outra cláusula do contrato, firmado entre as partes, que prevê, em caso de proposta recebida do exterior pelo jogador, a obrigatoriedade da liberação sob pena de ter que quitar os valores que o atleta teria que receber até o final do ano vigente.
Mais de R$ 500 mil.
O departamento jurídico do Palmeiras, interessado no negócio, já notificou os pernambucanos, de maneira oficial, exigindo o retorno do atleta para poder repassá-lo ao Catar.
Se, mesmo assim, o presidente do Náutico, Paulo Wanderley, insistir em não cumprir contrato, além do dinheiro a ser pago, já descrito na matéria, certamente o clube será alvo de ação por perdas e danos, complicando ainda mais a já difícil vida de quem, tudo indica, disputará a Série B do Brasileirão em 2014.