O jornal “O Estado de S. Paulo”, de ontem, “16/09 – A6”, publica matéria intitulada “Amigos de Celso de Mello preveem aposentadoria”, que levanta, para o leitor, uma preocupação a mais com relação às condenações na Ação Penal 470 – Mensalão.

Não bastasse a expectativa negativa para os anseios de Justiça da quase totalidade da nação brasileira, representada pela quase certeza – diante dos sinais já avançados – do recebimento dos embargos infringentes por parte do Ministro Celso de Mello, defrontamo-nos agora com a possibilidade, anunciada pelos dois amigos íntimos do referido Ministro, no sentido de que o mesmo pretende aposentar-se, mudando-se para sua cidade natal de Tatuí.

A notícia é categórica:

“Conterrâneos e amigos do Ministro dizem ter ouvido dele que seu plano é voltar a viver em Tatuí, sua cidade natal, ainda neste ano” (epígrafe da notícia).

E mais (no campo da notícia) “planeja aposentar-se até o fim do ano”. E já estão montando um escritório para o Ministro (Texto e Foto).

O noticiário permite a formulação do cenário mais catastrófico – verdadeira certidão de óbito do STF:

O Ministro Celso de Mello receberia os embargos infringentes; logo em seguida aposentar-se-ia, abrindo vaga para o Governo nomear novo Ministro, que irá julgar o mérito do recurso somando-se aos ministros Barroso e Zavascki, que já demonstraram para o que foram nomeados.

Acrescentando-se às tendências já reveladas pelos ministros Lewandowsky, Toffoli e Rosa Weber, o cenário que se pode, teoricamente, prever é o de seis votos pela revisão das condenações e absolvição dos principais culpados.

Infelizmente, parece que é o que poderá acontecer, e o Excelentíssimo Sr. Ministro terminará melancolicamente a carreira.

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