Torna-se cada vez mais difícil a situação financeira do “Fielzão” na medida que o empréstimo esperado de R$ 400 milhões do BNDES não se formaliza.

Nem os CIDS da Prefeitura, que renderão, segundo avaliação de mercado, pouco mais de R$ 300 milhões de amortização da dívida, que superará R$ 1 bilhão, podem ser utilizados.

Segundo a Lei específica, o documento só terá valor legal se o estádio for, de fato, utilizado para a Copa do Mundo, ou seja, após a primeira partida realizada pelo evento.

Em 2011, a ARENA ITAQUERA S/A, empresa controlada pela BRL Trust, que teve os bens bloqueados pela Justiça Federal, recentemente, tomou dois empréstimos bancários, dando como garantia o “Fielzão”, que, somados, correspondem a R$ 250 milhões.

R$ 100 milhões no Santander, R$ 150 milhões no Banco do Brasil.

Nenhum deles quitado até o momento.

Porém, com a demora da liberação da verba Governamental, e a exigência, pela FIFA, do cumprimento do prazo anteriormente acertado, houve a necessidade doutro empréstimo para viabilizar a continuidade das obras.

Sem ter mais a quem recorrer, devido às dividas citadas acima, a ARENA ITAQUERA S/A assinou um contrato de mútuo com a ODEBRECHT, em 31 de agosto de 2012, comprometendo-se a pagar R$ 150 milhões em até doze meses.

Prazo que vence em 40 dias.

Dinheiro que a construtora desembolsaria na construção, que seria ressarcido, segundo o acordo, com juros de 115% do CDI.

Foram dadas como garantias de pagamento, todos os recursos a serem recebidos pelo Governo (BNDES, CIDS, etc), que, como se sabe, até agora não foram liberados.

Como alternativa em caso de problemas para receber esse montante, que é o caso, a ARENA ITAQUERA S/A comprometeu-se a realizar novo empréstimo bancário para cobrir as pendências dos acordos já referidos.

Ou seja, um buraco sem fundo de endividamentos.

Resta saber de qual mágica a empresa lançará mão para conseguir credito bancário, com seus bens bloqueados por ordem judicial.

E se a Odebrecht, após o dia 31 de agosto, continuará trabalhando, mesmo tomando mais esse calote do grupo que detém os direitos sobre o estádio que o Corinthians acredita ser dele.

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