Jogando um futebol encantador, a Espanha foi imensamente superior ao Uruguai na fácil vitória por dois a um, no Recife.

Resultado que deveria ter sido bem mais elástico.

Magníficos e eficientes, os craques espanhóis não deram a menor chance ao adversário, que, por sinal, está longe de ser um time ruim.

A superioridade espanhola na primeira etapa foi tão gigantesca que chegou a dar dó da equipe uruguaia.

Uma verdadeira aula de futebol, com toques magistrais, jogadas de efeito e retomadas de bola ainda no campo de ataque.

Sem nenhuma dificuldade, a trupe de Xavi, Iniesta e Fabregas criava jogadas como se jogassem contra uma equipe juvenil.

Aos 9 minutos, após grande trama na entrada da área, Fabregas bateu bola perigosa, à direita do gol.

Seis minutos depois, Iniesta tabelou com Soldado, bateu no gol, mas o goleiro uruguaio defendeu bem.

Aos 19 minutos, após cobrança de escanteio pela esquerda, a zaga do Uruguai afastou, mas Pedro chutou e a bola desviou em Lugano antes de entrar.

Um a zero.

Xavi quase ampliou aos 26 minutos, batendo falta com mestria, que passou raspando o ângulo direito.

Nervoso, e quase sem ver a bola, o Uruguai passou a ser mais truculento no jogo, mas sem obter nenhum resultado.

Para piorar a situação da Celeste, aos 31 minutos, Fabregas recebeu na entrada da área, fingiu que iria bater e tocou com maestria para Soldado ampliar.

Com aparência de desespero, os uruguaios respiraram aliviados ao final da primeira etapa, perdendo “apenas” por dois a zero.

Porém o panorama se manteve no segundo tempo, com amplo domínio espanhol na partida.

Logo aos 4 minutos Soldado chegou um segundo atrasado para tentar complementar belíssima trama de ataque da Espanha.

Aos 10 minutos, o genial Iniesta quase marcou em batida na entrada da área.

Oito minutos depois Pedro tentou pegar de primeira após jogada pela esquerda, mas a bola passou à direita do gol.

O Uruguai, coitado, permanecia lutando, mas sequer conseguia encostar na pelota.

Na tentativa de mudar alguma coisa, no desespero, o treinador uruguaio colocou Forlan no lugar de Peres, deixando três jogadores no ataque.

A essa altura a Espanha já se poupava no gramado, diminuindo o ritmo, mesmo assim, mantendo o domínio das ações.

Del Bosque tirou Xavi, aos 31 minutos, nitidamente para preservá-lo.

Nessa altura, a posse de bola dos espanhóis estava em 73%, sendo que na primeira etapa chegou a atingir escandalosos 79%.

Um massacre.

Deu tempo ainda para Suárez, aos 43 minutos, em lance lotérico, fazer um golaço de falta, diminuindo a desvantagem uruguaia em possível disputa por saldo de gola pela segunda vaga do grupo.

Confirmou-se, após o apito final, o que todos no mundo do futebol já sabiam, ou seja, que a Espanha é franca favorita ao título da Copa das Confederações, e também, junto com a Alemanha, à Copa do Mundo de 2014.

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