Durante a semana, o deputado Romário, com absoluta razão, estranhou que o Campeonato Paulista não tenha acusado nenhum caso de doping durante a disputa do torneio.

Tarimbado nos bastidores do futebol, evidentemente sabe que a noite dos boleiros é uma criança, porém, sem nenhuma inocência.

Romário não se drogava, mas certamente presenciou “n” cenas de companheiros e adversários extrapolando nas mais diversas baladas da vida.

Pode-se questionar a eficácia ou não de se apontar “cocaína” ou outra droga tratada como social como alteradora do desempenho de um jogador, mas tanto a Lei brasileira, quanto a regulamentação antidopagem punem quem faz uso desses entorpecentes.

É fato que em todos os clubes do Brasil há jogadores usuários de droga.

Na mesma proporção que se observa noutras profissões, e na sociedade em si, porém com o agravante do atleta sobreviver exatamente de seu físico, que mais fica debilitado do que estimulado com as peripécias noturnas.

É realmente muito suspeito que raríssimos casos de doping sejam apontados nesses laboratórios, dando a entender que pode haver, talvez, fatores que indiquem fraude na coleta do material.

Quantos milhões de reais não estão em jogo nessa situação ?

Razão pela qual deve ser intensificada a fiscalização durante todo o processo de controle antidopagem.

Desde a origem do material, até o trajeto, culminando com o exame laboratorial em si.

O campo para tentações e corrupção é vasto e certamente promissor financeiramente para quem contribui com o mascaramento da verdade.

Romário, de maneira implícita, deu a dica.

Cabe agora, se realmente existir interesse em apurar, que os órgãos responsáveis tomem as providências necessárias não apenas para as investigações, mas, principalmente, no que diz respeito a prevenção.

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