A escolha do paraguaio Antonio Arias para arbitrar o encontro entre São Paulo e Atlético/MG foi um claro arranjo de bastidores executado por José Maria Marin, Alexandre Kalil e a CONMEBOL.

De maneira sorrateira, a CBF financiou a viagem do presidente do Galo ao encontro supostamente de “solidariedade” pela saída de Nicolas Leoz, também paraguaio, da entidade, e ajudou-o a protocolar um pedido oficial para que árbitros brasileiros não fossem escalados na referida partida.

A decisão da CONMEBOL, que acolheu o pedido, sem que o São Paulo tivesse acesso e pudesse opinar sobre o oficio do Atlético/MG, deixa a partida sob suspeita.

Vários são os motivos, além do já citado acima.

A nacionalidade do árbitro, paraguaia, a mesma do “homenageado” ex-dirigente, é, no mínimo, inconveniente, além de suscetível a possíveis pressões.

Outro fator é observar que o mesmo critério não foi adotado noutras partidas da própria Libertadores, entre elas uma disputada já na fase de oitavas de final, entre Newell’s Old Boys e Velez, arbitrada pelo argentino Diego Abal.

Sem contar o absoluto desrespeito aos juízes nacionais, humilhados pela estranha decisão.

Afirmar que o árbitro paraguaio virá ao Brasil com o intuito específico de favorecer o Galo é certamente leviano, mas, sem dúvida, sob todo o contexto exposto no texto, entrará pressionado.

Kalil, de discurso “moralizador”, há tempos vem demonstrando, nos bastidores, ser lobo em pele de cordeiro, mas, dessa vez, ávido por sentar-se no colo do poder, não se furtou a escancarar sua verdadeira face.

Agora, mesmo que nada de irregular venha a acontecer na partida – tomara, o ambiente que cerca o grande clássico, antes festivo, já está contaminado.

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