No início do ano, o jornalista Everaldo Gonçalves, também geólogo, ex-presidente da CPFL, diretor da Eletropaulo, além de professor da USP, escreveu artigo denominado “Arenas de Sangue o time da Toga é são-paulino”, em que defendia a causa das ONGs de moradores do Morumbi e escancarava favorecimento ao Tricolor nos tribunais.
http://blogdopaulinho.com.br/2012/01/06/arenas-de-sangue/
Dirigentes do São Paulo se revoltaram, não apenas pelo teor da matéria, mas também pelo fato dele ter se predisposto a ser testemunha de defesa de Sergio Orlando Santoro, presidente do MMT (Movimento Morumbi Total).
No último dia 04 de julho, três deles, Rogê David, Oswaldo Vieira de Abreu e Roberto Rhormens Alves Natel, ingressaram com a ação criminal nº 0010558-81.2012.8.26.0011, alegando calúnia, injúria e difamação do jornalista.
Em sua resposta, Everaldo desceu a lenha no trio, alegando ainda liberdade de imprensa e coação de testemunha, entre outras coisas.
Ou seja, não afinou.
Como resultado, os dirigentes do clube, pouco mais de um mês após o início do caso, desistiram de continuar, e apresentaram carta renúncia ao processo.
Das duas, uma.
Utilizaram o judiciário para intimidar e jornalista, sem sucesso, ou amarelaram temendo revés na decisão final.
Mas a briga, pelo que soube, não vai parar por aqui.
Everaldo promete ingressar com ação de reparação de danos, entre outras coisas, contra os três dirigentes são-paulinos.
Não deixa de ser uma lição, afinal, independentemente de se concordar, ou não, com o texto descrito acima, há de se preservar a liberdade de quem o escreveu.
Qualquer tipo de coação ou intimidação, além de prejudicar a própria imagem do clube, nos remete a tempos em que o simples ato de pensar era coibido por ditadores e gente que temia o contraditório.