É inegável a importância do jogador Sheik na conquista da Libertadores da América pelo Corinthians.
Aguerrido, não é craque, mas, no atual contexto do futebol brasileiro, é acima da média do que se vê por ai.
Porém, suas declarações de “perseguido” e “injustiçado”, direcionadas a jornalistas, são absolutamente descabidas.
No próprio jogo final, em que mordeu a mão de um argentino, exagerando ainda na provocação, embora deliciosa para o torcedor que assistia, foi sim um ato de irresponsabilidade que poderia ter custado ao time uma expulsão altamente prejudicial num momento tão decisivo.
Fato este ocorrido também contra o Santos, na semifinal, em que Sheik fez o gol decisivo e, pouco tempo depois, levou o cartão vermelho.
Vale lembrar ainda que o atleta, condenado por falsidade ideológica, enganou dirigentes do Catar, quase levando a seleção local a receber punição de 8 anos sem poder atuar em competições oficiais da FIFA.
Sem contar as outras acusações, gravíssimas e recentes, de contrabando, formação de quadrilha, etc.
No próprio mundo do futebol, várias foram às vezes que o treinador Tite reclamou de atrasos em treino, e falta de comprometimento com o grupo.
Situação esta que, a bem da verdade, não ocorreu no torneio continental, em que Sheik claramente se doou dentro das quatro linhas.
Não tenho dúvida alguma de que a diretoria do Corinthians errou ao contratar o atacante, e que pensou diversas vezes em negociá-lo.
Porém, por essas inexplicáveis coisas que somente o futebol costuma proporcionar, o menos indicado a ser herói do elenco alvinegro, por mérito, diga-se de passagem, transformou-se em “Basílio”, entrando definitivamente para a história do Corinthians.