Por JUCA KFOURI

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Jogo de futebol mesmo que é bom, nos primeiros tempos, só no Beira-Rio, com 48 mil torcedores.

Porque no Barradão, era mesmo impossível, por mais que logo de cara o artilheiro Neto Baiano tenha deixado sua marca, num chute de longe que Fernando Prass, que depois se redimiu, aceitou.

Para sorte do Vasco, em seguida, aos 4, Elton empatou e, aos 41, por ter cuspido em Elton, Neto Baiano foi expulso.

Já no Maracanã o jogo era de um time só: o Corinthians, diante de 68 mil torcedores.

Que fez 1 a 0 logo aos 6 com Chicão batendo falta e 2 a 0 aos 16, com Jorge Henrique depois de um super passe de Dentinho.

O Fluminense de Parreira que se acovardou no Pacaembu, não soube ser corajoso nos 45 primeiros minutos no Maracanã, porque essas coisas não se aprendem da noite para o dia.

O Corinthians, ao contrário, adorou enfrentar um time dito mais ofensivo, porque se esbaldou nos espaços que encontrou.

Mesmo com 10, porque Ronaldo, praticamente não jogou.

Ainda no primeiro tempo, Carlos Simon, molengão, deixou de dar um segundo cartão amarelo para Maicon e um vermelho para Fred, que só fez uma coisa: deu uma entrada criminosa em William.

Enquanto isso, no sul, Inter e Flamengo se pegavam de todos os modos e quase não faziam jogadas na área, sempre com tentativas de fora.

Só mesmo, aos 38, Kléberson teve uma chance clara, mas chutou fora quase da marca do pênalti.

Em seguida, Juan, aquele do Maicosuel e que brigou com o Cuca, atrasou mal uma bola, Nilmar a roubou, foi ao fundo e deu para Taison fazer 1 a 0, aos 42.

O Flu voltou para o segundo tempo com Alan e Dieguinho nos lugares de Maicon e Ratinho.

E mais perigoso, embora o Corinthians também desse suas estocadas, enquanto tentava fazer o tempo passar, calmamente, com aquele toque de bola que quem gosta mesmo é o…Parreira.

Só que o Flu não concordava.

Até que, aos 18, Alan pegou um rebote de chute de Conca defendido apenas parcialmente por Felipe e diminuiu: 2 a 1.

Aí, o Maracanã quis se incendiar depois de toda chuva que apanhou no primeiro tempo.

Dentinho saiu, entrou Boquita e começou a ter jogo de verdade.

Melhor ainda ficou quando Thiago Neves empatou, em passe de Conca, aos 23.

De tão acomodado que voltou, o Corinthians parecia perplexo.

Morais substituiu Jorge Henrique e Tartá no lugar de Marquinhos.

Aos 31, com o pé, para variar, Fernando Henrique evitou o que seria o terceiro gol corintiano, de Ronaldo, em sua primeira participação de verdade na partida.

Só dava Fluminense.

12 escanteios a zero e Fernando Henrique na área corintiana.

Diego, o zagueiro, entrou no lugar de Ronaldo, aos 44.

O Corinthians tocava a bola e tomava vaia.

O Vasco cozinhava o Vitória em Salvador e Inter e Flamengo seguiam em luta renhida em Porto Alegre.

Até que, aos 30, Emerson empatou, em bola que Kleberson lhe deu da linha de fundo, pela direita.

O Flamengo, mais uma vez, mostrava que o manto sagrado vale tanto ou mais que a técnica.

E surprendia o confiante Beira-Rio.

Mas, Andrézinho, de falta, com as mãos, de falta, aos 45, deu a vitória e a classificação para o Colorado, num jogo de matar do coração.

Aconteceu exatamente o que os jogos de ida prenunciaram.

Corinthians e Vasco farão uma das semifinais.

Inter e Coritiba farão a outra.

Será bom de ver.

E as torcidas de Fla e Flu tiveram motivos para se orgulhar de seus times, pelo que fizeram nos segundos tempos.

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