Não é segredo para ninguém que milita no mundo do futebol que o diretor jurídico do Palmeiras, Piraci Oliveira, nunca foi das pessoas mais confiáveis do clube.

É imputada a ele a famosa “lista negra”, em que nomes de possíveis associados do clube eram barrados se fossem contrários ao grupo que aparentava defender.

Sim, porque assim como agem os camaleões, adaptando-se a quem pode lhe proporcionar maiores benesses, a lealdade política de Piraci, ou seja, ter lado definido, passa ao largo de suas atitudes.

Antes, fervoroso defensor de Mustafá Contursi, quando este ocupava o poder, agora trata de miná-lo nos bastidores, embora, pela frente, sempre o receba com sorrisos e abraços.

Aliou-se a Tirone, esperando ser vice-presidente nas próximas eleições, e, para isso, descumpriu promessas feitas com seu antigo grupo, ou seja, divulgar e realizar auditorias.

“Doa a quem doer”, dizia ele.

Pois é.

Com medo de que algumas “dores” pudessem atingi-lo politicamente, Piraci se calou, rastejando por apoio daqueles que criticava.

Para piorar ainda mais o seu quadro “camaleônico”, passou a atacar gente que sempre lhe deu guarida, tentando desvincular sua imagem daqueles que, acredita, estariam mal com futuros eleitores.

Lançou o nome de um deles na fogueira da comissão de ética, mesmo sem ter sequer uma acusação plausível para ataca-lo, jogando para a galera (seus novos parceiros), esquecendo-se claramente do passado.

Porém, como todos estamos cansados de saber, os primeiros a serem descartados são exatamente os que mudam de opinião por conveniência, gente não confiável, diria até temerária.

E, por ocasião disso, Arnaldo Tirone, a quem lustra os sapatos atualmente, costura o apoio politico daqueles que Piraci jurou escancarar de denuncias.

Como resultado, esse grupo, para apoiar o atual presidente em seus desejos eleitorais, exige o compromisso de não dar nenhum cargo a Piraci em possível nova gestão.

Sem ambiente e desqualificado pelas principais forças politicas do Palmeiras, Piraci Oliveira pode se tornar um fantasma eleitoral nos próximos anos.

Assim como Judas, num passado distante, com a fama de traidor, e com o mesmo final, porém, obviamente, apenas de maneira simbólica.

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