Augusto Melo e Rubão, ao fundo

O ‘esquema’ Barbarense, que tinha como protagonista o agente de jogadores Augusto Melo, candidato a presidente do Corinthians, com apoio de sócios que concorrem ao conselho deliberativo do Timão, como Valmir Costa e Claudinei Alves, além da intermediação de financiamento do conselheiro vitalício Rubens Gomes, vulgo ‘Rubão do Bitcoin’, funcionava como se fosse uma SAF.

Estes ’empresários’ aliciaram o presidente e arrendaram o departamento de futebol da agremiação.

Pelo contrato assinado, 80% de todos os jogadores – os que lá estavam e os que viessem a incorporar – seriam destes intermediários, com o clube recebendo uma espécie de comissionamento de 20%.

Com o documento em mãos, o grupo de Augusto procurou outros agentes e vendeu, antecipadamente, pequenos percentuais dos atletas, entre os quais Matheus Araújo e Murillo, que depois foram repassados ao Corinthians, além de Juan, ao São Paulo.

Capitalizaram-se antecipadamente e mantiveram porcentagens que giravam em torno de 10% a 20% para vendas futuras.

Ocorria também a captação.

Na condição de gestores do Barbarense, a turma de Melo apresentava-se aos pais de jovens atletas – alguns retirados das categorias de base do Corinthians – e vendiam a vaga para a disputa da Copa São Paulo e de outros torneios de categorias menores.

Neste ofício destacavam-se Valmir Costa e o esperto Lima, que há tempos realizava trabalhos para o grupo.

Muitos familiares foram enganados.

Este é o resumo da Opera de uma equipe do interior que, longe dos olhos da mídia, serviu de entreposto aos interesses de espertalhões ligados ao Corinthians.

A Barbarense, com Augusto, apesar de sediar a copa São Paulo de Juniores, foi eliminada na primeira fase com três derrotas em três partidas, assinalando apenas um gol e levando seis.

Após alguns anos, o perigo ronda o Corinthians.

Os ex-administradores do Barbarense estão gastando muitos milhões de reais, de origem controversa, para conquistarem o poder em Parque São Jorge, com grande possibilidade de reeditarem a mesma ‘SAF’, ainda que, eventualmente, operada na informalidade.

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