
No último dia 16, Fernando França, ex-diretor de TI da CBF, braço direito de Marco Polo Del Nero, denunciou Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade, à Comissão de Ética.
Em síntese, alega que sua demissão, sem justa causa, enquanto exercia função no Sindicato de Empregados em Clubes, Federações e Confederações Esportivas e Atletas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, por conta da estabilidade prevista em Lei, é ilegal.
França diz também que, apesar de ter recebido oficio datado de 02 de maio de 2022, a rescisão, de fato, não ocorreu, pela inexistência de baixa contratual e recebimento de valores indenizatórios.
O denunciante alega que somente foi notificado, oficialmente, do afastamento, em 08 de fevereiro de 2023, com o recebimento de DIRF contendo as informações do distrato.
Por conta deste procedimento, França ingressou, em 06 de maio de 2023, com ação trabalhista contra a CBF que, em decisão liminar, concedeu-lhe a recondução ao posto do qual havia sido demitido.
Notificada, porém, a CBF, em 24 de maio de 2023, demitiu o ex-diretor novamente, desta vez por ‘justa causa’.
Em meio à afronta, França promoveu a denúncia à Comissão de Ética.
Juntou, além dos relatos e cópia de processo, a Carteira de Trabalho, em que a demissão sem justa causa é formalizada.
Há também a informação de não ter recebido R$ 137 mil que a CBF alega ter pagado.
Fernando acusa a Casa Bandida de fraudar informações ao Fisco sobre seu contrato com a entidade.
A versão da CBF para o afastamento de Fernando França estaria relacionada a invasão de emails de cartolas da entidade, das quais o ex-diretor era apontado como suspeito.
É antiga a fama de hacker do ex-diretor.
Ele nega e apresenta, à Comissão, laudo que confronta o parecer apresentado pela CBF.
O caso é confuso e, evidentemente, envolve política; é pouco provável que os passos de França estejam ocorrendo sem aval de Marco Polo Del Nero.
A denúncia, formalizada, foi aceita pela Comissão que deverá dar andamento no devido tempo.
Clique no link a seguir para acessar a íntegra do documento:
Fernaando França vs. Ednaldo Rodrigues
EM TEMPO: informações de bastidores dão conta de que França, que sempre teve acesso a todos os dados, teria formalizado à Receita Federal reclamações de apropriação indébita e outros crimes tributários, supostamente, cometidos pela entidade.