Botafogo/RJ, relevância e Tiquinho Soares
O Botafogo/RJ, antes do início do Brasileirão apontado nas principais listas de rebaixáveis do Brasileirão, chegou à 12ª rodada do torneio abrindo sete pontos do Grêmio, segundo colocado e, mais importante, oito de Palmeiras e Flamengo que, efetivamente, são candidatos ao título.
Equipe muito bem estruturada taticamente, e com preparo físico elogiável, o Glorioso não tem grandes craques, mas, entre as alternativas que possui, está Tiquinho Soares.
Atacante de 32 anos, esquecido, até então, pela mídia brasileira, mas com fama em Portugal – chegou a ser artilheiro do Porto, recentemente -, por isso notado pelo olho clínico do treinador lusitano Luis Castro.
Desde o final dos anos 60, em que dividiu o protagonismo do futebol brasileiro com o Santos, o Botafogo, excetuando-se o time de 95 – que ganhou um campeonato nacional com gol impedido de Túlio – perdeu relevância.
Equipes, quando muito medíocres, são a realidade do clube nas últimas décadas.
Se conseguir manter a atual distância de pontos para os adversários até a virada de turno, o Glorioso dificilmente perderá o título.
É a partir dessa conquista, se vier, que a SAF do Botafogo terá a oportunidade de mudar, definitivamente, a história da agremiação.
Deixar de ser o time de Garrincha para servir de exemplo de modernidade às demais iniciativas de profissionalização que estão por vir.
Se a SAF funcionar no Botafogo – a quem ninguém dava crédito, inserindo o clube numa rotina de disputas de título da qual não participa há décadas, seu sofrido torcedor se alegrará, mas também o futebol brasileiro, que tende a evoluir, num todo, com o equilíbrio de forças diversificado.