Desde o final de 2007, quando Andres Sanches assumiu a presidência do Corinthians, o iraniano Kia Joorabchian tornou-se quase diretor informal do departamento de futebol, a custa de bom relacionamento com a gestão e, óbvio, muito dinheiro.
Porém, poucas vezes sua ingerência foi tão escancarada como na atual gestão, de Duílio ‘do Bingo’.
Além de colocar um treinador – que lhe é absolutamente obediente – no departamento profissional, cresceu o percentual de atletas negociados pelo seu grupo, antes dividido mais igualitariamente com os outros dois agentes da diretoria: Carlos Leite e Fernando Garcia.
Principalmente os veteranos, sem espaço no exterior, mas amparados por salários milionários no Timão.
Não à toa, o Corinthians aceitou abrir mão de William, gratuitamente, sem lhe cobrar a multa, caríssima, prevista em contrato – que findaria apenas no final de 2023, assim como manteve o pagamento de Jô (R$ 1,5 milhão) e a ausência de rescisão contratual, mesmo com o atleta afastado do clube por indisciplina.
Ambos são agenciados por Joorabchian.
Assim como o atacante Bernard, que o Corinthians negocia a custo tão expressivo quanto.
Sem dizer do que sobrevive, apesar de estar com bens, contas e demais recebíveis bloqueados, Duílio ‘do Bingo’, ao que parece, agarrou com unhas, dentes e bolsos a chance derradeira de tirar a família do buraco.