Ontem (02), Eurocopa e Copa América exemplificaram, em todos os sentidos, o enorme abismo existente no futebol praticado em seus continentes.
A Itália, que soube se reinventar, adicionando à histórica eficiência defensiva um poderio de ataque que beira o emocionante, é a seleção a ser batida no torneio.
Chegará à Copa do Mundo do Catar com grande favoritismo.
Seus adversários, inclusive os piores, são melhores do que a maioria dos que infelicitam a Copa América.
Por aqui, o grande time ainda é o Brasil, embora a Argentina, com Messi – e, somente ele -, por conta disso, não possa ser descartada.
Ambos, porém, jogam esporte diferente do observado em continente Europeu.
Arrastados, com passes laterais, pouca criatividade e demais vícios de um jogo que ficou no passado.
O sistema corrupto que interliga Conmebol às confederações, entre as quais a CBF, desdobra-se, tomando como exemplo o Brasil, nas Federações, que repassam hábitos aos clubes e estes seguem, sem responsabilidades, quase que autorizados a delinquir.
Enquanto na Europa e EUA, locais em que não existem santos, respeita-se a necessidade de preservação do esporte, ainda que não por objetivos necessariamente nobres, por aqui a cartolagem só pensa em devastar tudo e, nesse contexto, esvaziar os caixas das agremiações, tomando emprestado – para endividar os clubes – quando o fundo do poço é atingido.
Se não houver mudança desse sistema, em breve, a América, que antes rivalizava e, por vezes, superava os europeus dentro de campo, serão alocados no terceiro mundo da bola, servindo apenas para fornecer os melhores frutos aos dominantes do mercado.