É de fazer corar o artigo assinado por Nivaldo Cesar Restivo, Secretário de Administração Penitenciária, publicado pela FOLHA no caderno ‘Tendências e Debates’.
Poucas vezes tantas mentiras foram contadas num mesmo texto.
Em determinado trecho, encontramos:
“A regra nas prisões de São Paulo é ter assistência médica e material de higiene, limpeza e máscaras —foram distribuídas mais de 5 milhões”
O Secretário, ao escrever tamanho desatino, deve estar contando com o fato das testemunhas de suas bravatas não poderem se pronunciar, algumas por serem funcionárias do Estado, outras por estarem presas em celas imundas, superlotadas, muitas delas doentes, implorando pelo atendimento médico quase inexistente.
Nivaldo esqueceu-se, porém, dos que, postos em liberdade, poderão desmenti-lo.
As cadeias paulistas, inclusive as tratadas como ‘modelos’, caso do presídio de Tremembé, são verdadeiros criadouros de todas as doenças imagináveis, principalmente o COVID-19.
Por vezes, os presos são salvos por eles próprios, quando dão a sorte de terem um médico trancafiado.
Mas no caso da pandemia, no real sistema carcerário, que não é igual à fábula contada pelo Secretário, inexiste milagre e até os ‘salvadores’ podem morrer infectados.
Na FOLHA, Nivaldo insistiu:
“São Paulo é protagonista nas soluções que envolvem o equilíbrio entre criar mais vagas e assegurar saúde, educação e qualificação profissional à população carcerária”
Manifestações desse teor, além de mentirosas, são altamente irresponsáveis, com poder de induzir a erro magistrados e também a opinião pública, ampliando o risco de morte não apenas dos presos, mas de todos os que habitam o sistema carcerário, além de seus respectivos familiares.
Claudio, tem frases do texto na folha e a maioria do que está aqui é opiniao do paulinho sim.