Dito & Feito - É o absurdo dos absurdos – Bolsonaro e Pazuello estão prestes a desperdiçar 6,8 milhões de testes de Covid

Desde que surgiram as primeiras revelações sobre os crimes protagonizados pela família, o presidente Jair Bolsonaro, sob a luz das fake-news e dos delírios populistas, trabalha pela adesão à possibilidade de Golpe de Estado.

As forças armadas cooptou com muito dinheiro, cargos e vantagens que retirou de outros na aposentadoria.

Tratou, também, de favorecer grandes redes de comunicação e se juntou a ‘jornalistas’ que já mantinham o costume de vender opinião, objetivando a criação de uma imagem de perseguido para que a massa menos instruída acreditasse que o ‘golpe’ seria meio de defesa, não ataque às instituições.

Nada disso funcionaria sem o dinheiro de empresários simpáticos ao sistema.

Porém, o fator principal para que qualquer derrubada da Democracia, ainda mais em terras americanas, prosperem, é a adesão, quase sempre velada, de uma grande potência.

Neste caso, dos Estados Unidos.

O ataque ao Capitólio, se exitoso, serviria, sem sombra de dúvida, para animar Bolsonaro e seus generais, vendidos que são, sem honra, com a imagem histórica ainda pior do que nos tempos de Ditadura.

Consumado o golpe de Trump, viveríamos, por muito tempo, num país de ‘Bolsonaros’.

O vexame do Capitólio, aliado à debandada dos próprios republicanos, além da posição firme dos democratas sobre o assunto, principalmente da corajosa Presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e a reação do FBI ao prender, com rapidez, quase todos os manifestantes, jogou por terra toda e qualquer possibilidade de comportamento semelhante no Brasil.

Está claro que Trump será preso por crime de sedição e, provavelmente, julgado pelos demais delitos cometidos, antes e durante o exercício da presidência.

Além disso, a possibilidade de impeachment, ainda que com julgamento somente após a transmissão de cargo, jogará sobre o déspota a impossibilidade de retornar ao poder.

Onde entra a situação do Brasil nisso tudo?

Quais desses militares, que transformaram-se numa ‘maçonaria’ em defesa de interesses pessoais, parte deles afrontosos ao país que juraram defender, assassinos em cumplicidade com o genocida, teria coragem de se juntar a Bolsonaro numa aventura, agora, sem qualquer possibilidade de apoio americano?

Bastará Biden ‘bater o pé’ para que sejam capazes até de prender o presidente.

Ainda assim, afastada a hipótese de golpismo, se faz necessária a união dos que, apesar das diferenças, sabem que o bolsonarismo precisará, permanentemente, ser combatido nas urnas, evitando que essa ideia, ainda que nas mãos de outros, volte um dia a prosperar.

Os recentes resultados municipais são animadores.

Outro ponto essencial, que pode livrar o Brasil de mais algum tempo de sofrimento, seria a possibilidade, cada vez mais palatável, de instauração de processo de impeachment contra Bolsonaro.

Quantas vidas teriam sido poupadas na pandemia se o presidente fosse outro, minimamente civilizado?

Se não afastado antes, Bolsonaro chegará ao epílogo de sua vida política absolutamente desesperado (pela possibilidade de prisão), seguido, quando muito, pelos ignorantes e preconceituosos habituais (porque parte dos bandidos, principalmente os da mídia, mudará de lado), humilhado, como Trump, com a provável expulsão das mídias sociais, mas, efetivamente, abandonado pelos generais que ajudou a enriquecer.

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