Clube contratou 33 jogadores durante a pandemia enquanto atrasava, em quatro meses, salários da equipe principal
Para acomodar o afamado bicheiro Jaça, responsável por trazê-lo ao Parque São Jorge e a ele associar-se em diversas estripulias, o presidente do Corinthians, Andres Sanches, recriou o departamento sub-23 no futebol alvinegro.
Ontem, o clube anunciou, mesmo sem ter dinheiro para quitar contas básicas e com dívida próxima de R$ 1 bilhão, a contratação do 33º jogador para a equipe.
Trata-se de Adriel Silva, que ‘jogava’ na expressiva 3ª Divisão do Japão, onde assinalou um gol em dezoito partidas !!!
Seus novos companheiros de clube são tão conhecidos e pouco produtivos quanto, o que leva o Timão a, desde algum tempo, figurar como ‘saco de pancada’ da categoria.
Ou seja, existem três times inteiros contratados para atender a demanda de jogadores encostados de diversos empresários, todos objetivando ‘maquiar’ o currículo para, no futuro, enganar os próximos otários.
Mas não são apenas os agentes que ganham.
O Sub-23 do Corinthians é tocado, e não poderia ser diferente, como se fosse uma banca de ‘Jogo do Bicho’, em que o clube – pagador de salários e demais despesas, além de ‘marca’ a ser envergonhada nas competições – age como apostador viciado, sabedor de que o vencedor, independentemente do resultado final, sempre será o bicheiro.
Há evidente, mas negada, conivência dos departamentos de base e profissional do Timão, gerenciados por aliados antigos de Andres Sanches.
Quem, entre os candidatos a presidente do Timão, terá coragem de passar o trator em cima dessa banca?
Duílio certamente não.
Gobbi, se atender ao discurso de seu vice, Ezabella, apenas trocará de banqueiro.
Maritan, que bajula a todos os demais, não tem voto, coragem, nem força para mudar.
Paulo Garcia é o ‘Centrão’ e não se meterá em confusão.
Augusto Mello, sempre que foi questionado sobre o assunto, elogiou a possibilidade do Sub-23 dar espaço aos garotos da base, mesmo que as coisas nunca tenham, de fato, funcionado dessa maneira no Parque São Jorge.
Trinta e três contratações para um time Sub-23, com o clube devendo, até outro dia, quatro meses de salários ao elenco de profissionais, em qualquer organização séria do planeta resultaria em inquérito policial e afastamento sumário do presidente.