Na virada de 2018 para 2019, o Corinthians anunciou parceria com o BMG, como se fosse novidade e nunca tivesse se relacionado, desta maneira, com o afamado ‘banco do Mensalão’.
Desde 2007, quando Andres Sanches assumiu o poder, existe desde transações comerciais no departamento de futebol até empréstimos tomados a juros acima do mercado, apesar do clube manter suas contas principais no Bradesco.
O elo de ligação entre Timão e BMG é bem conhecido dos alvinegros: o iraniano Kia Joorabchian.
Kia e Ricardo Guimarães operam o futebol do grupo através da equipe ‘barriga de aluguel’ do Coimbra, utilizando Corinthians e Atlético/MG como vitrines principais.
A proximidade entre todos é tão grande que o BMG, para socorrer Andres Sanches, pelo fato do Corinthians estar há tempos sem patrocínio master na camisa, assumiu a empreitada, sem, porém, correr grandes riscos.
O pagamento ínfimo de mensalidade é recomposto pelas transações de jogadores e empréstimos que continuam a ser tomados pela diretoria alvinegra.
Os propalados ‘bônus’ por metas atingidas, de tão irreais, nunca serão pagos.
Em exemplo: a cada 100 mil contas abertas, por ano, o clube receberia R$ 3 milhões.
De 2018 a 2019, auge da propaganda da parceria, apenas 30 mil contas foram abertas (média de 15 mil/ano).
Em 2020, apenas 3 mil.
Destas todas, é ínfimo o número de pessoas que passaram da página do cadastro e utilizaram o banco em suas operações, o que inviabiliza, também, os tais 50% sobre o lucro em determinadas operações.
No resumo da ópera, enquanto o BMG lucra em exposição de imagem, acertos de comissionamentos e sucessivas operações de empréstimos, o Corinthians fica com a dívida e a impossibilidade de, talvez, inserir na camisa um acordo mais lucrativo e relevante.