Ontem (12), a Federação Nacional dos Treinadores de Futebol, objetivando defender Abel Braga e V(W)anderlei(y) Luxemburgo, distribuiu nota oficial de repúdio às críticas do jornalista Mauro Cezar Pereira.
Além de trata-las, indevidamente, como pessoais, o órgão, de maneira constrangedora, inseriu a seguinte frase:
“Os treinadores de futebol são, antes de tudo, pais de família, protetores do lar, maridos, homens de honra ilibada e cidadãos pagadores de impostos”
Fosse um trecho inserido numa defesa genérica da classe de treinadores, apesar de um tanto quanto exagerada – o mercado da bola mostra que nem todos preservam essas qualidades – a retorica seria até aceitável.
Porém, numa manifestação em que são citados, explicitamente, Luxemburgo e Abel, diante do que se sabe de seus comportamentos profissionais ao longo dos anos, sejam os contados em relatórios de CPI e nos acórdãos judiciais, ou escondidos em salas de reuniões com agentes estrangeiros no Rio Grande do Sul, determinados termos soam inverossímeis.
O ódio inserido no corporativismo cego da resposta, em verdade, acaba por assistir ainda mais razão às pertinentes críticas efetuadas pelo jornalista reclamado.