Numa desempenho histórico, o Liverpool, que perdeu o primeiro jogo da semifinal para o Barcelona, na Espanha, por três a zero, virou tudo na Inglaterra, assinalando os necessários quatro gols que colocaram-no em mais uma final de Champions League.
Motivados pela necessidade de golear, os ingleses disputaram os 25 minutos iniciais de maneira alucinante, gerando grande problemas para a defesa espanhola.
Nestes, aos 06 minutos, Jordi Alba recuou errado, a bola sobrou para Mané servir a Henderson, que chutou cruzado, Ter Stegen defendeu e, no rebote, Origi abriu o marcador.
O Liverpool, nos minutos seguintes, quase ampliou o placar diante dum setor defensivo do Barça que se confundia tamanha era a movimentação adversária.
Porém, a partir da metade da primeira etapa, Lionel Messi começou a aparecer mais para o jogo, e, consequentemente, o equilíbrio se fez presente.
O argentino, em diversas conclusões e nos passes espetaculares aos companheiros, criava ótimas oportunidades para o Barcelona, mas Alisson, sempre bem colocado, impedia o empate.
Ainda assim, com o Barça mais atuante, o Liverpool era sempre perigoso quando conseguia encaixar algum ataque.
No segundo tempo, logo aos 5 minutos, Messi deixou Suarez na cara do gol, mas Alisson, novamente, salvou os ingleses.
Quando o equilíbrio parecia vigente, em dois minutos a história do jogo mudou, com Wijnaldum, que acabara de sair do banco de reservas, assinalando dois gols, aos 8 e 10 minutos, aproveitando-se de duas bobeadas espanholas em bolas cruzadas na área.
O Barcelona entrou em parafuso e o Liverpool, ensandecido, atacou ainda mais.
Messi tentou diminuir, aos 22, mas Alisson defendeu.
Aos 33 minutos, o milagre, da maneira mais inusitada possível: escanteio pela direita, todos os jogadores do Barcelona desatentos, talvez esperando o apito do árbitro, mas, de maneira inteligentíssima, o garoto Alexander-Arnold bateu rasteiro para Origi, sozinho, desviar para o gol.
Quatro a zero impossíveis conseguidos por uma dedicação emocionante dos jogadores do Liverpool.
No final, na base do desespero, o Barcelona tentou de tudo, mas pouco conseguiu ameaçar a meta adversária.
Liverpool e, provavelmente, Ajax, deverão realizar uma final de Champions de arrepiar.
Ao Barcelona fica a lição de que não há vantagem irreversível quando duas equipes de futebol tão espetaculares estão dentro de campo, nem mesmo se uma delas tiver o melhor jogador do mundo vestindo seu uniforme.