Ontem, após previsível derrota para o Palmeiras, o São Paulo, em meio a escândalos diversos de administração, afundou-se ainda mais numa crise que parece não ter fim.

O presidente Leco, novamente, foi “homenageado” pela torcida, em que o grito menos ofensivo, ecoado no estádio do Pacaembu, era o de “ladrão”.

Carlos Miguel Aidar, o antecessor, afastado após acusações de corrupção, também escutou manifestações semelhantes.

Triste, porém, ocorreu nos vestiários do Verdão: tratado por alguns como maior ídolo do São Paulo enquanto jogador (no mínimo está entre os três mais relevantes), o agora dirigente de futebol Raí precisou sair, corrido, com ajuda do adversário, evitando o confrontamento com o torcedor, mas, pior, fugindo da necessária entrevista após outro revés em mais um clássico.

Para preservar a biografia e, principalmente, dissociar-se das manobras suspeitas da gestão Leco, Raí deveria, ainda hoje, entregar seu cargo.

No melhor dos mundos, poderia ainda, no caso de não estar envolvido em algum destes problemas, denunciar publicamente o que está acontecendo nos bastidores do Tricolor, testemunho este com força suficiente para derrubar essa gente e impedir, talvez, o desastre que parece inevitável no segundo semestre de 2019.

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