Ricardo Guimarães e Kia Joorabchian

Nas próximas horas, conforme comentado durante todo o dia de ontem, mas bancado, em primeira mão, pelo jornalista Lauro Jardim, o Corinthians anunciará que fechou acordo de patrocínio master com o BMG, o banco do Mensalão.

Fala-se, no mínimo, em R$ 30 milhões anuais, mas há quem diga que pode até ultrapassar este montante.

O que preocupa, porém, é a origem deste dinheiro.

Ricardo Guimarães, dono do BMG, é sócio em transações de jogadores do iraniano Kia Joorabchian e de seu companheiro, Giuliano Bertolucci, todos com extrema proximidade, pessoal e comercial, com o presidente alvinegro Andres Sanches.

Ironicamente, a marca a ser exibida na camisa do clube será a da financeira “Help!” (“socorro!”, em português), produto do BMG.

Apenas para resumir, mas, desde já, indicando ao leitor que coloque na busca do Blog do Paulinho os nomes citados nesta postagem para obter as informações com riquezas de detalhes e documentos, desde que Andres Sanches assumiu a presidência alvinegra, o Corinthians tem trocado empréstimos a juros acima de mercado com este banco por percentuais de jogadores ligados à Joorabchian.

Não se trata, portanto, de uma relação comercial conquistada pelo departamento de marketing, mas da explicitação do que, há tempos, acontecia no Parque São Jorge.

A diferença agora é que, acuado pela falta de dinheiro nos caixas do Corinthians, Sanches reuniu os três agentes que recebem facilidades comerciais no departamento de futebol do clube e deles exigiu contrapartida, sob risco de fracasso que, por razões evidentes, colocaria o negócios de todos eles a perder.

Em 2018, o Timão ficou a apenas dois pontos da zona de rebaixamento do Brasileirão.

Por conta disso, a turma ligada a Joorabchian colocará, intermediada por uma “MSI” do mercado financeiro, dinheiro num patrocínio que os cartolas alvinegros, pelas vias naturais, muito em razão da má-fama gerada em investigações criminais que cercam o Timão e seus dirigentes, não mais conseguiam negociar.

O retorno do investimento do BMG, que, por razões evidentes, não se limitará à exposição da marca na camisa, poderá custar ao Corinthians, que tem por hábito pagar 30% de comissão em transações de atletas, enquanto o mercado trabalha com 10% e a FIFA aconselha 4%, muito mais dinheiro do que receberá no festejado contrato.

 

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