Balancete publicado pelo Corinthians segue exibindo o caos financeiro que assola o Parque São Jorge na gestão “Renovação e Transparência”, capitaneada pelo deputado federal Andres Sanches, que infelicita o clube desde 2007.

Com dados até agosto de 2018, a dívida alvinegra saltou para R$ 504 milhões, descontadas maquiagens contábeis (prática denunciada pelo ex-diretor de finanças, Emerson Piovesan) e as pendências do estádio de Itaquera (mais de R$ 2 bilhões, que surgem apenas em balanço do Arena Fundo – do qual o Timão é cotista).

Vale lembrar, a gestão financeira do Corinthians, apesar de assinada por Matias Ávila, esta a cargo de Luis Paulo Rosenberg, que contou com a ajuda de Raul Corrêa da Silva (ex-financeiro acusado de “maquiador”), nos efeitos especiais, recentemente, apresentados em “relatório de sustentabilidade”.

No período de apenas um mês, apesar das vendas de jogadores, o deficit anual aumentou 22%: de R$ 17,3 milhões para R$ 21,1 milhões.

Para justificar os problemas, a diretoria do Corinthians segue apontando como culpados o clube social e os esportes olímpicos, sem revelar, porém, que paga 30% de comissões a intermediários no departamento de futebol, 20% a mais do que a média brasileira, 27% sobrepostos ao que orienta a FIFA, dinheiro que, numa tacada só, bancaria todas as despesas destes setores por um ano.

Destacamos outros números, preocupantes, que revelam o caminho do desastre:

  • R$ 22,5 milhões, em repasses de receitas de ingressos, é o novo calote ao Arena Fundo, gestor do estádio alvinegro;
  • a dívida em salários de atletas (somados direitos de imagem e luvas) aumentou para R$ 64,9 milhões;
  • R$ 210 milhões em impostos estão parcelados no PROFUT;
  • R$ 55,8 milhões referem-se a encargos sociais de funcionários não pagos (que podem resultar em investigação por apropriação indébita);
  • R$ 3,7 milhões são outras dívidas tributárias

Sem poder utilizar a premiação da Copa do Brasil, bloqueada pelos credores, além da incompetência do departamento de marketing, também gerido pelo “primeiro ministro”, Luis Paulo Rosenberg, descumpridor de promessa eleitorais, como patrocínio relevante na camisa e também a venda dos ‘naming-rigths” do estádio, é bem estreita a margem de melhora financeira para o Corinthians, dependente de vendas de jogadores importantes (Pedrinho já está sendo negociado), empréstimos “no fio do bigode” com agentes de atletas, além de adiantamentos de receitas futuras dos direitos de tv, procedimentos ocasionadores dos problemas esportivos que podem levar o clube, se não houver recuperação nas próximas rodadas, ao segundo rebaixamento no Campeonato Brasileiro sob a batuta de Andres Sanches.

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