Mônica Rosenberg e Luis Paulo Rosenberg

Candidata a deputada federal pelo partido NOVO sob nº 3077, a advogada Mônica Rosenberg Braizat, filha do primeiro ministro do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, é mais uma que tem se aproveitado do Timão para fins particulares.

Seu material de campanha, enviado para associados do clube (o que sugere utilização ilegal dos dados cadastrais), é absolutamente desleal com o torcedor alvinegro.

Nele, Mônica, trajada com a camisa do Corinthians, além do símbolo do clube, insere na publicação o do Fiel Torcedor (plano de venda de ingressos gerido pela OMNI, parceira do Timão), com os seguintes dizeres:

“Já pensou em ver o Timão pela metade do preço ?”

“Você sabia que trabalha cinco meses só para pagar imposto ?”

“Tem um partido que quer acabar com esse abuso: o NOVO”

Depois, entre aspas, indicando sua fala, Mônica complementa:

“Vamos acabar com essa farra”

Noutra página, do mesmo material, a candidata insere sonhos de consumo do torcedor do Corinthians em partidas de futebol, mostrando o preço normal dos objetos e serviços e os valores, como ficariam, sem impostos, sugerindo que será a responsável, se eleita, pela redução de preços:

Não é a primeira vez que Mônica se mete com o Corinthians, digamos, extraoficialmente: a advogada foi a responsável por trazer o Corinthians Casuals, da Inglaterra, para amistoso com o Timão, em janeiro de 2015, ao Brasil:

Abaixo, vídeo em que a candidata assume a intermediação:

Aliás, na área do direito, apesar de ter listado em seu currículo estar há seis anos trabalhando para o escritório Hlavnicka Advogados, o único serviço que contém sua assinatura é justamente na ação promovida pelo engenheiro José Luiz do Prado contra seu pai, Luis Paulo, e também o Corinthians, ambos acusados de “usurparem” parte do projeto que viabilizou as obras da Arena de Itaquera.

Diz trecho do processo:

“Trata-se de AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS, ajuizada por JOSÉ LUIZ DO PRADO contra SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA e LUÍS PAULO ROSENBERG, alegando, em síntese, ter firmado acordo para a construção de um projeto de cunho social visando a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que autorizaria o primeiro requerido a iniciar a construção do estádio”

“Alega que, após a entrega do projeto, a execução ficaria por sua conta e os requeridos desrespeitaram tal acordo, usurpando suas ideias”

“Postulou a condenação dos requeridos ao pagamento do valor de R$ 1.066.650,00, a título de danos materiais, além de indenização por danos morais, pelos transtornos a que foi submetido com as inúmeras tentativas de solucionar o problema com o clube e o segundo requerido”

O processo está em vias de definição.

Apesar de induzir o torcedor do Corinthians a erro em material de campanha política, utilizando, indevidamente, a marca do clube para fins particulares, intermediar acordo de marketing no Parque São Jorge com direito a custosa viagem à Inglaterra (mesmo sem possuir cargo nem, oficialmente, remuneração), defender o próprio pai em acusação de “roubo” de ideia e conviver com investigados pela Operação Lava-Jato, delatados por executivos da Odebrecht como recebedores de propina para viabilizar o superfaturamento do estádio de Itaquera, Mônica Rosenberg é diretora executiva do “Instituto Não aceito Corrupção”.

Voltando ao material de campanha eleitoral, numa das fotos a candidata aparece trajando uma camiseta branca com os dizeres:

“Sem exceção. Zero Corrupção”

Trata-se de evidente contrassenso, diante do quadro exposto acima, e também com os pensamentos do próprio pai, que, além de punido pelo Banco Central e pela CVM por participação no episódio que ficou conhecido como a “Fraude do Banco Panamericano”, em recente palestra, disse:

“Para o economista, o nível ótimo de corrupção não é zero… porque toda vez que eu elimino um foco, uma atividade corrupta, eu incorro num custo… e se esse custo é maior do que eliminar aquele tipo de corrupção, a economia recomenda que não faça…”

“Mas e a ética ? Não… estou te falando aqui como economista…”

Confira abaixo:

Veja também matéria que fala sobre Rosenberg e o Banco Panamericano:

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